Dieta bastante difundida pelos meios de comunicação é a denominada “jejum intermitente”. Existem diversos métodos associados à prática desse tipo de dieta, sendo que os mais frequentemente utilizados são a dieta 5:2 em que a pessoa tem um consumo limitado de em média 600 Kcal/dia em dois dias da semana e se alimenta normalmente nos outros cinco dias, e a dieta 16:2 em que é definido um período de 8 horas por dia para alimentação e as 16 horas restantes são de jejum.
A proposta da dieta do jejum intermitente é de alimentar-se moderadamente na maior parte do tempo, não comer nada por um longo período de vez em quando e, vez ou outra, se permitir ingerir alguma guloseima e não se privar da ingestão de alimentos como forma de compensar uma alimentação desregrada como acontece em alguns casos.
O principal segredo da obtenção de resultados por meio da prática do jejum intermitente é a adesão ao método além da restrição calórica, e não exatamente o jejum em si. Qualquer outra dieta para emagrecimento pode causar os mesmos efeitos desde que seja seguida sem ressalvas fazendo as restrições propostas, visto que a chave para a perda de peso é consumir menos calorias do que se gasta.
O ponto que merece maior atenção nesse tipo de dieta é a possibilidade dos praticantes criarem a falsa ideia de que podem consumir alimentos demasiadamente calóricos e gordurosos, como por exemplo, pizzas e hambúrgueres, para compensar as horas ou dias de jejum, causando o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP), também conhecido como binge eating, que é caracterizado pela ingestão descontrolada de grande quantidade de alimentos em um período de tempo delimitado.
Em alguns contextos, o período de jejum permite o consumo de uma quantidade limitada de bebidas com baixas calorias, como café ou chá, o que causa outra preocupação que é a excessiva ingestão de cafeína e as consequências associadas a esse excesso, como maior irritabilidade e perturbação de sono.
Em suma, podemos dizer que o jejum intermitente pode ser promissor para o emagrecimento e melhora da saúde metabólica para aqueles que conseguem se adaptar ao jejum, como por exemplo, pessoas que acordam sem fome e não conseguem fazer o desjejum, ou não têm organização e planejamento suficiente para preparar pequenas refeições equilibradas ao longo do dia.
Porém é uma decisão subjetiva, cada caso é um caso, dessa forma, o ideal é consultar um especialista antes de se adotar o método, o qual não é indicado nem deve ser seguido sem orientação profissional, visto que sua prática pode aumentar os níveis de estresse, alterar o padrão de sono e desencadear distúrbios ou compulsões alimentares.
De forma geral, o jejum intermitente é contraindicado para pessoas que estão abaixo do peso, com idade inferior a 18 anos, mulheres grávidas ou em fase de amamentação, pessoas com diabetes tipo 1 insulinodependentes, pessoas com distúrbios alimentares e idosos.
Não existe uma dieta milagrosa, nem uma receita de sucesso que serve para todos; cada indivíduo se adaptará melhor e consequentemente encontrará melhores resultados quando aderir a hábitos alimentares que mais de adequem à sua rotina e suas preferências.
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