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Melzinho na chupeta? Não!

25/10/2023 às 13:49
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O período da introdução alimentar é um marco na evolução de todo bebê. É devido a essa importância que surge a relevância de manter sempre atual a orientação sobre a prevenção do botulismo infantil. O botulismo é uma doença bacteriana grave, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, a qual produz esporos que sobrevivem até em ambientes com pouco oxigênio, como em alimentos em conserva ou enlatados. Essa toxina mesmo se ingerida em pouquíssima quantidade, pode causar envenenamento grave em questão de horas.

Melzinho na chupeta? Não!
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O botulismo infantil é mais frequente nos bebês com menos de 6 meses de idade, visto que eles ainda não têm o sistema imunológico maduro. A fonte dos esporos na maioria dos casos de botulismo infantil é geralmente desconhecida, mas alguns casos foram associados à ingestão de mel. Assim, a recomendação é que crianças com menos de 12 meses de idade não devem ser alimentadas com mel, mesmo sendo ele um produto natural.

O problema em dar mel ao bebê é que pode haver esporos da bactéria Clostridium botulinum, que provoca o botulismo infantil. Não importa a marca ou a procedência do mel, o perigo sempre existe. Os esporos do botulismo são muito resistentes e podem sobreviver até à pasteurização e a altas temperaturas. O xarope de milho também pode conter o esporo.

A presença da toxina no organismo do bebê pode resultar em grave comprometimento do sistema nervoso, podendo a infecção ser confundida com o acidente vascular cerebral, por exemplo. Os sintomas iniciais do botulismo no bebê são semelhantes aos da gripe, no entanto são seguidos pela paralisia dos nervos e músculos da face e da cabeça, que posteriormente evolui para os braços, pernas e músculos respiratórios. A falta de diagnóstico e tratamento adequado do botulismo pode agravar o quadro e levar ao óbito devido à elevada concentração de toxina botulínica circulante no sangue do bebê.

Embora existam casos comprovados de que a contaminação ocorreu em bebês que consumiram alimentos industrializados e formulações próprias, pesquisas indicam que um terço dos casos de botulismo infantil ocorridos no mundo tem histórico de ingestão de mel. Desse modo, a melhor prevenção deve ser não oferecer mel aos bebês menores de 1 ano, bem como não poupar cuidados com o consumo, distribuição e comercialização de alimentos, além de atentar sempre para a higiene com os alimentos e das mãos.