Uso de leite de vaca na alimentação complementar: o que mudou?

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Uma recente recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) liberou o consumo de leite de vaca, para bebês entre seis a onze meses que não amamentam, como parte da diretriz para alimentação complementar de crianças entre seis e 23 meses. Tal orientação tem causado polêmicas devido ao fato de ser diferente das conhecidas recomendações anteriores.

Existem estudos que demonstram que o consumo de leite de vaca por bebês está associado a complicações como aumento do risco de doenças cardiovasculares, obesidade e problemas no fígado, por causa da grande quantidade de proteínas que apresenta, além de poder desencadear alergias e intolerâncias alimentares. A OMS, porém, classifica o leite de vaca integral pasteurizado como uma escolha segura para os bebês, junto com a complementação por fórmula, visto que devido ao alto custo da fórmula láctea quando comparada ao leite de vaca, torna-se significativa a recomendação de leite bovino, especialmente em ambientes com poucos recursos de modo a evitar a desnutrição, por exemplo.

Uso de leite de vaca na alimentação complementar: o que mudou?
Imagem ilustrativa

Para bebês de 6 a 11 meses que recebem leites diferentes do leite materno, pode-se oferecer fórmula infantil ou leite de vaca. Não se trata de uma orientação obrigatória, no entanto, também não se considera também uma prática tão prejudicial como era preconizado antes. O Ministério da Saúde ressalta que se a criança ainda toma o leite materno não é necessário substitui-lo pelo leite de vaca ou pela fórmula. 

Antes dos seis meses, é contraindicado qualquer outro alimento para os bebês além de leite materno. A partir dos 6 meses de idade o leite de vaca pode ser utilizado como ingrediente em receitas feitas em casa. Já para os bebês de 12 a 23 meses que não amamentam, a OMS diz que o leite de vaca deveria ser oferecido, e não mais as fórmulas de transição.

Entre os tipos de leites que podem ser usados ​​inclui-se os pasteurizados, leite reconstituído evaporado (mas não condensado), leite fermentado ou iogurte natural. Os leites aromatizados ou adoçados não devem ser usados.

Vale lembrar que os alimentos complementares devem ser iniciados aos 6 meses mantendo-se a amamentação até os 2 anos ou mais. A nova orientação da OMS reconhece que o leite materno é sempre a melhor e primeira escolha, reconhece também que algumas crianças podem se beneficiar da introdução antecipada de alimentos complementares, bem como do consumo de leite de vaca; tudo depende das condições e peculiaridades de cada caso, bem como da disponibilidade de recursos. A prioridade é sempre a boa nutrição da criança, independente da sua condição financeira.

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