Mercado prevê inflação acima do teto, menor crescimento do PIB e emprego fraco em 2022

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O ano mal começou e a projeção econômica do país não é das melhores. No primeiro Boletim Focus do Banco Central do ano, analistas do mercado financeiro projetam inflação acima do teto e baixo crescimento econômico em 2022.

A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, permaneceu em 5,03% para 2022, mas ainda é maior do que os 5% previstos como meta do ano.

Mercado prevê inflação acima do teto, menor crescimento do PIB e emprego fraco em 2022
Foto: Biblioteca de Imagens do Canva

Em 2021, o índice de inflação teve uma redução de 10,02% para 10,01%, mas também é superior ao teto estipulado de 5,25%. Os valores já contam com a margem de tolerância de 1,5% do centro da meta para cima.

O Produto Interno Bruto (PIB) também teve queda na previsão de crescimento para este ano. O índice caiu dos 0,42% calculados na última semana para 0,36% nesta segunda-feira, 3 de janeiro. Em 2021, a projeção final do PIB ficou em 4,5%, mas o número oficial será divulgado apenas em fevereiro deste ano.

Ainda segundo o Boletim Focus, a projeção para a taxa Selic, que calcula os juros básicos, continua em 11,5% ao ano em 2022 e a estimativa é que o dólar feche o ano em R$ 5,60.

Mercado de trabalho perde força

O ano de 2021 foi de recuperação para o mercado de trabalho, após o forte baque registrado no ano anterior. A taxa de desemprego, que começou o ano em 14,5%, chegou a outubro em 12,1%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro de 2020, quando foi identificado o primeiro caso de Covid-19 no Brasil, a taxa de desemprego estava em 11,8%.

Até novembro do ano passado, haviam sido criadas quase 3 milhões de vagas com carteira assinada no país, conforme aponta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia.

Segundo o boletim “Salariômetro” da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), até novembro de 2021, apenas 19,4% das negociações salariais entre sindicatos dos patrões e de trabalhadores resultaram em reajustes acima da inflação, enquanto para 50,8% os reajustes foram inferiores e 29,8% conseguiram ao menos repor a alta de preços.

Já de acordo com o IBGE, em outubro de 2021, o rendimento médio dos brasileiros caiu 11,1% na comparação anual, para R$ 2.449. Com isso, a renda no país, descontada a inflação, se encontra no menor patamar desde 2012.

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