Natal deve injetar R$ 3,39 bilhões no comércio de Belo Horizonte

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O  Natal,  a  melhor  época  do  ano  para  o  comércio, promete  aquecer  o  varejo  da  capital  mineira.  A  expectativa  da  Câmara  de  Dirigentes  Lojistas  de Belo Horizonte (CDL/BH) é que R$ 3,39 bilhões sejam injetados no comércio de Belo Horizonte com as vendas de Natal, uma alta de 3,62% em relação ao mesmo período do ano anterior.  “Estamos com indicadores macroeconômicos como inflação e taxa de juros em patamares menores, além da redução  do  desemprego.  Juntos  estes  fatores  contribuem  para  que  os  belo-horizontinos  tenham renda  disponível  para  retornarem  ao  mercado  do  consumo”,  explica  o  presidente  da  CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. “Além disso, com a redução da inadimplência, os moradores da capital novamente têm acesso ao crédito, o que é muito importante para o aquecimento do comércio”, acrescenta.

Os  empresários  da  capital  estão  otimistas  com  as  vendas  para  o  Natal.  De  acordo  com  pesquisa realizada  pela  CDL/BH,  no  período  de  1º.  de  outubro  a  5  de  novembro  com  300  empresários,  a maior parte dos entrevistados (67,6%) acredita que as vendas irão aumentar neste ano. Já 24,6% esperam  manter  o  mesmo  patamar  em  relação ao  ano  passado  e  7,8%  acreditam  em  queda  nas vendas. E com a expectativa de vendas maiores, 53,2% dos empresários irão aumentar o volume do estoque quando comparado a 2018. Já 37,5% irão manter o mesmo volume e 9,3% irão reduzir.

As roupas serão a preferência na hora de presentear, segundo os empresários

As  roupas  devem  ser  os  itens  mais  procurados  pelos  consumidores  na  hora  das  compras  para presentear,  conforme  a  opinião  de  36,5%  dos  empresários.  Em  seguida,  estão  os  calçados  com

14,1% da preferência. Segundo o presidente da CDL/BH, esses produtos têm uma boa saída devido à grande variedade de opções e preços. “São itens que se encaixam no orçamento do consumidor e que agradam praticamente todos os públicos”, afirma.

Os  demais  produtos  citados  foram:  acessórios  como  bolsas,  mochilas,  carteiras,  cintos  (13,2%), brinquedos (9,8%), cosméticos e perfumes (8,3%), utensílios domésticos/itens de decoração (6,1%), produtos alimentícios como cestas de chocolates e panetones (5,8%) e produtos de cama, mesa e banho (4,9%). Em relação ao número de presentes, a maior parte dos empresários (43,4%) acredita que os consumidores irão comprar dois produtos.

Valor do tíquete médio esperado aumenta em relação ao ano passado

Os  empresários  acreditam  que  os  consumidores  irão  gastar  mais  este  ano  com  os  presentes  do Natal. A expectativa é que o tíquete médio das compras dos belo-horizontinos seja de R$ 137,73. Em 2018, o valor esperado era de R$ 118,74. “Com a queda da inflação e dos juros, o consumidor está  com  mais  renda  disponível.  O  nível  de  desemprego,  apesar  de  alto,  vem  diminuindo  e  a inadimplência  também  está  reduzindo.  Estes  fatores  levam  os  empresários  a  esperar  que  os clientes desembolsem um valor maior com os presentes”, esclarece o presidente da CDL/BH.

A pesquisa também mostra que o valor a ser desembolsado pelo consumidor pode variar conforme o  tipo  de  presente  escolhido.  Segundo  os  comerciantes,  quem  presentear  com  calçados  vai desembolsar cerca de R$ 180,43. O custo com acessórios como bolsas, mochilas, carteiras e cintos deve  girar  em  torno  de  R$  151,28.  Em  seguida  aparecem:  vestuário  (R$  138,43),  brinquedos  (R$121,09) e cosméticos e perfumes (R$ 103,70).

Pagamento a prazo deve predominar

Para a maioria dos lojistas (50,8%), a forma de pagamento mais utilizada para as compras do Natal será  a  parcelada  no  cartão  de  crédito,  com  uma  média  de  cinco  parcelas.  As  demais  formas  de pagamento citadas pelos empresários foram: à vista no cartão de crédito (26,5%); cartão de débito (16,5%); parcelado no cartão da própria loja (3,2%); dinheiro (2,6%) e parcelado no carnê/crediário (0,3%).

Divulgação dos produtos pelas redes sociais está entre as principais estratégias para alavancar as vendas

A  divulgação  dos  produtos  foi  escolhida,  pela  maioria  dos  empresários  (78,3%)  como  a  melhor forma para atrair mais clientes e impulsionar as vendas, e o principal meio utilizado serão as redes sociais (Facebook, Intagram ou Whatsapp). “Esses canais são os mais utilizados devido ao seu baixo custo  de  investimento  e  ao  alto  retorno  junto  aos  consumidores”,  comenta  Souza  e  Silva.  “Os empresários estão cada vez mais inseridos no mundo digital e estão aproveitando a facilidade que a internet proporciona para impulsionar as vendas”, acrescenta. As demais estratégias citadas foram: atendimento   qualificado   (46%);   decoração   da   loja   (30,1%);   promoção/liquidação   (28,5%)   e flexibilidade no pagamento (27,5%).

Além das redes sociais, as outras formas de divulgação que os comerciantes pretendem utilizar são: adesivo na vitrine (28,5%) e faixas na vitrine (16,2%).

Fatores que podem influenciar no momento da compra

Perguntados  sobre  o  que  pode  contribuir  para  aumentar  as  vendas  neste  Natal,  41,4%  dos comerciantes responderam que as liquidações/promoções de produtos são a principais alternativas para fomentar o consumo dos clientes. Em  seguida foram citados: aumento do emprego para os consumidores  (15,5%);  divulgação  (12%);  adiantamento  do  13º.  salário  (6,8%)  e  flexibilidade  na forma de pagamento (5,2%).

Para o presidente da CDL/BH, o consumidor está cada vez mais exigente e por isso o lojista tem que estar preparado para oferecer uma experiência de compra cada vez melhor e completa. “Uma das formas   de   atrair   mais   clientes   é   melhorar   o   momento   de   compra,   oferecendo   conforto, comodidade  e  produtos  diferenciados  para  que  ele  tenha  prazer  em  comprar.  Cada  vez  mais  as pessoas estão buscando  um diferencial  para decidir  onde  irão  consumir” explica. “Outro ponto é preparar a loja, treinar a equipe para atender os consumidores de forma eficaz e organizada, em um  ritmo  que  garanta  atendimento  de  qualidade  e  que  possibilite  a  fidelização  deste  cliente”, completa.

Em contrapartida, as opções que podem prejudicar as vendas, segundo os empresários são: falta de agilidade  e  cordialidade  no  atendimento  (46%);  desemprego  (11,3%);  diminuição  da  renda  dos trabalhadores (8,1%); aumento do preço dos produtos (6,8%) e crise econômica (6,8%).

Veja e baixe os gráficos e comparativos da pesquisa clicando aqui.

Metodologia  –  Foram  entrevistados  300  empresários  de  Belo  Horizonte  no  período  de  1º  de

outubro a 5 de novembro de 2019.

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