No Twitter, Bolsonaro afirma que a “imprensa distorce suas palavras”

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Na tarde deste sábado (20), o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), rebateu críticas que recebeu em relação a uma série de declarações polêmicas dadas durante um café da manha com jornalistas estrangeiros na última sexta-feira (19).

Em uma publicação em sua conta oficial no Twitter, Bolsonaro afirmou que “Não adianta a imprensa me pintar como seu inimigo. Nenhum presidente recebeu tanto jornalista no Planalto quanto eu, mesmo que só tenham usado dessa boa vontade para distorcer minhas palavras, mudar e agir de má fé ao invés de reproduzir a realidade dos fatos”.

Confira: 

 

Logo após, o presidente ainda destacou que defende a liberdade de imprensa. No entanto, novamente acusou os veículos de possuírem viés ideológicos e de sentirem falta de gestões anteriores, comandadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Sempre defendi liberdade de imprensa, mesmo consciente do papel político-ideológico atual de sua maior parte, contrário aos interesses dos brasileiros, que contamina a informação e gera desinformação. No fundo, morrem de saudades do PT”.

Confira: 

Ao lerem a postagem, alguns internautas discordaram da publicação do presidente e mencionaram que Bolsonaro deve se concentrar em seu governo e não relembrar antigas gestões.

Então, o presidente novamente usou seu perfil pra fazer novas declarações. No novo tuíte de resposta a aqueles que discordaram das declarações anteriores, Bolsonaro recomendou que os internautas “não chorassem”.  O chefe do Executivo ainda enfatizou que irá falar do PT sempre.

Não adianta chorar. Não é porque perderam a eleição que seus crimes devem ser ignorados. Os efeitos devastadores do desgoverno da quadrilha ainda podem ser sentidos e é papel de todo aquele que que ama o Brasil lembrar quem foram os culpados”, escreveu.

Declarações de Bolsonaro geram polêmica

Na última sexta-feira (19), Jair Bolsonaro declarou que é uma grande mentira dizer que pessoas passam fome no Brasil, uma vez que não há pessoas de “físico esquelético como em outros países”. Depois o presidente recuou e afirmou que apenas ”alguns passam fome”.  

Ainda na sexta-feira, o presidente  afirmou que dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre desmatamento na Amazônia eram mentirosos. Em seguida, em um vídeo gravado durante o encontro com os profissionais da imprensa, foi possível ouvir Bolsonaro  chamando os  governadores do Nordeste de “paraíbas”.

Não obstante, Bolsonaro também disse que é “muito difícil ser patrão no Brasil” e ainda voltou a falar sobre sua vontade de extinguir a Agência Nacional do Cinema (Ancine). 

Todas essas declarações geraram opiniões polêmicas, sobretudo negativas, a respeito do presidente.

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