Estudante da UFOP provoca consciência ambiental através de caracterização

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Falar sobre meio ambiente tornou-se tendência, mas será que temos realmente avançado na preservação das florestas? Ou isso se tornou apenas um modismo mundial? A primeira vez que se discutiu o tema de forma oficial no Brasil foi durante a Conferência das Nações Unidas, que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1992 (ECO92), ocasião em que diversos líderes mundiais participaram do evento. Mas, até os dias atuais, não percebemos muitas mudanças na política de preservação da natureza, nem houve de fato uma conscientização maciça da sociedade, embora algumas mudanças tenham sido realizadas, como por exemplo, a criação de lixeiras específicas para cada tipo de material instaladas em locais públicos, demarcações de algumas terras indígenas , entre outras, estamos engatinhando no que diz respeito ao meio ambiente, contudo, a pauta é urgente.
No último dia 5 de junho comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, data em que biólogos, ativistas ambientais e simpatizantes da causa se manifestaram através das redes sociais. Em terras mineiras houve protesto em forma de arte.
Vitor Mourão, estudante de Artes Cênicas pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), projetou a imagem da Mãe Terra em seu próprio corpo. “Com a chegada do dia mundial do meio ambiente, eu precisava me apressar. Queria usar materiais orgânicos e recicláveis para a produção. Fiz os prédios com caixa de aveia em flocos, a máscara base fiz de papel, papelão e cola”, explicou Vitor sobre o processo de montagem da imagem.
Preocupado com as questões ambientais e a forma como nossas atitudes podem impactar o planeta, Vitor tenta alertar a população usando uma linguagem firme:

A ideia do projeto é conscientizar as pessoas de que precisamos respeitar mais o meio ambiente em que vivemos. Repensar nosso consumo. Repensar nossas a cultura das nossas civilizações, como por exemplo, a naturalização de se defecar na água, que é cultural. As vezes parece que nós consumimos um planeta como se fossemos vermes“, disse o artista em entrevista ao portal Mais Minas.

Ouça a entrevista de Vitor Mourão na íntegra clicando abaixo:

Como diz o dito popular contemporâneo: “errado ele não tá”. É preciso deixar as ideias imediatistas ou “presentistas” no campo dos sentimentos e abrir caminho para a reflexão sobre o futuro, sobre o que vamos deixar para as futuras gerações e se queremos de fato que o ser humano, assim como tantas belezas naturais, continuem existindo, pois sem essa ponderação seguida de ações efetivas é quase impossível a permanência da vida humana na Terra.
Vitor contou que já tinha alguns esboços com essa ideia:

“Desde os onze anos de idade eu venho fazendo desenhos inspirados em questionamento como ‘imagina se fosse na nossa cabeça’ . Recentemente fiz outros dois desenhos que trazem os mesmos elementos”.

Veja as primeiras imagens:

Desenhos de Vitor Mourão.

Crédito da foto: Vitor Mourão


Já a Mãe Terra, ou Gaia, como o próprio artista chama, ficou bem mais realista do que os antigos desenhos do menino Vitor de outrora. A metade de seu rosto foi coberta por arranha-céus (prédios), enquanto na outra metade florestas com lindas cachoeiras foram aplicadas. Essa divisão vai até o tronco frontal de Vitor, sim, ele mesmo é o modelo. Por último vem um mar azul, finalizando a estrutura artística.
Além do vídeo com a música “Terra”, composta por Caetano Veloso, Vitor também fez uma montagem em que meteoros em forma de coronavírus atacam Gaia (Terra).
Com vocês, Gaia (Mãe Terra):

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