Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, ao menos 521 candidatos utilizam títulos religiosos no nome de urna nas Eleições de 2018, contra os 489 pedidos de candidatura com títulos religiosos em 2014. O levantamento foi realizado pelo G1, que identificou que os nomes que mais aparecem são: pastor/pastora, seguidos de irmão/irmã e missionário /missionária. Outros títulos religiosos como bispo e bispa, padre, pai e mãe de santo, apostolo, frei reverendo e presbítero também apareceram, mas em quantidades menores.
O nome de urna é uma das principais estratégias usadas pelos candidatos para chegar ao eleitor, sendo utilizado em toda a campanha.
Por lei, todos os candidatos devem indicar um nome de urna no momento do pedido de registro da candidatura. Segundo o TSE, o nome de urna pode ser um prenome, sobrenome, cognome (denominação ou qualificativo), nome abreviado, apelido ou nome pelo qual o candidato é mais conhecido e deve ter no máximo 30 caracteres.
Além disso, ele não pode deixar dúvida sobre a identidade do candidato nem atentar contra o pudor, ser ridículo ou irreverente.
O G1 ainda entrevistou Gabriela Figueiredo Netto, doutoranda em ciência política na USP, que explicou nomes de urna que contenham títulos religiosos consiste em estratégia comummente utilizada para que os eleitores de uma determinada religião possam se identificar com algum um candidato da mesma religião, produzindo um efeito de identidade de grupo. Imagem: reprodução/G1. Os dados levantados pelo G1 levaram em conta pedidos de candidaturas para todos os cargos em disputa nesta eleição – presidente e vice, governador e vice, senador e suplente, deputado federal e deputado (distrital, estadual e federal).
O portal informou que o balanço ainda é parcial e que este número pode aumentar.
Para as informações de 2018, foram usados dados de pedidos de registro de candidaturas disponibilizados pelo TSE e, para 2014, dados do Repositório de Dados Eleitorais do TSE.
