Ouro Preto (MG) vive surto da síndrome ‘mão-pé-boca’ e suspende aulas

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Aulas de crianças de até cinco anos foram suspensas em Ouro Preto após o município de Minas Gerais vivenciar um surto da doença conhecida como “mão-pé-boca”. As informações foram divulgadas primeiramente pela Rádio Itatiaia Ouro Preto.  Segundo a publicação, as atividades nas unidades de ensino foram interrompidas por três dias, contudo, ainda não há informações por parte da prefeitura sobre o número de crianças infectadas pela doença.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a doença ou síndrome mão-pé-boca (MPB) é uma enfermidade de alta contagiosidade.

Embora possa acometer também adultos, a doença MPB é mais frequente em crianças, especialmente entre as menores de cinco anos de idade. A doença é, na grande maioria dos acometidos, benigna e autolimitada, com duração de aproximadamente uma semana. Entretanto, recentemente foram relatados surtos com erupções extensas e graves com evolução desfavorável, incluindo óbitos.

Ouro Preto (MG) vive surto da síndrome ‘mão-pé-boca’ e suspende aulas
Foto: Canva

A síndrome/doença MPB não é considerada de notificação compulsória, entretanto, a ocorrência de dois ou mais casos relacionados devem ser notificados como surto.

As manifestações clínicas são caracterizadas pela presença de febre, dor de garganta e recusa alimentar, associadas à presença de lesões vesiculares que aparecem na mucosa bucal e na língua, e erupção pápulo-vesicular localizada nas mãos e pés (ver fotos abaixo) e menos frequentemente nos cotovelos, tornozelos, glúteos e região genital.

Lesão na planta do pé causa pela MPB
Lesão na planta do pé causado pela MPB
Lesão no joelho causado pela MPB
Caso mais grave da MPB
Caso mais grave da MPB

De acordo com Nota Técnica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, não há tratamento específico para a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios. Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves.

A nota afirma que o ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.

A transmissão da enfermidade se dá pela via oral ou fecal, através do contato direto com secreções de via respiratória (saliva), feridas que se formam nas mãos e pés e pelo contato cm as fezes de pessoas infectadas ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.

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