A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou, no último dia 4, um levantamento indicando que durante o mês de julho houve um aumento considerável nas vendas de veículos como caminhões, ônibus, carros comerciais leves e carros em geral, em comparação ao mês anterior, junho. De acordo com a federação, no Brasil o mês foi marcado por 174.498 novos licenciamentos e emplacamentos, significando um crescimento de 31,4%.
Os novos números tendem a deixar o mercado automobilístico mais otimista. A Fenabrave atribui o aumento a reabertura das concessionárias, como ao acréscimo de dias de comercialização.
Mesmo com o aumento, o setor sente os efeitos causados pela pandemia do coronavírus, já que a queda nas vendas de carros representam 28,4% , se comparada ao número de veículos vendidos em julho de 2019.
Contudo, a Fenabrave permanece otimista, tendo em vista que a federação havia estimado uma queda de 36,4% nas vendas para 2020, e a taxa de queda vem diminuindo gradualmente.
Venda de caminhões
O mercado pôde sentir um aumento considerável no número de caminhões vendidos. Segundo a Fenabrave, os 9.522 veículos de carga acima de 3,5 toneladas de PBT emplacados em julho representam alta de 8,7% sobre junho.
Houve também um crescimento de 5,8% sobre o mesmo mês de 2019, ocasião em que o mercado se apresentava em alta. O único seguimento em que ocorreu de fato aumento tanto considerando o mês anterior, junho, como o ano, 2019, foi o dos caminhões.
A federação credita a “A força do agronegócio brasileiro com duas safras recordes de grãos seguidas”, pelos números positivos. A expectativa é de amplificação de 18,6% nas vendas de caminhões em 2020, na comparação com 2019.
Ônibus
A venda de ônibus também apresentou um aumento. Ele se dá pela grande compra realizada por prefeituras de todo o Brasil, para atender a demanda do programa Caminho da Escola, que visa garantir o acesso de crianças e adolescentes à escola. A Fenabrave acredita que a venda de ônibus ampara o seguimento.
Em julho, foram vendidos 1.893 ônibus, representando alta de 45,6% sobre junho. Ainda assim, a retração aguda persiste, uma vez que as vendas em julho do ano passado foram vendidos 14.798 ônibus. Uma diferença absurda, de 34% a mais sobre julho de 2020.
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