O Produto Interno Bruto (PIB), que mede todos os bens e serviços produzidos no País, caiu 0,2% entre janeiro e março deste ano em comparação com o último trimestre do ano passado. Os dados foram divulgados na última quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A economia brasileira estava se recuperando lentamente e já dava sinais de estagnação, mas após uma profunda recessão que terminou no fim de 2016, esse é o primeiro resultado negativo do PIB desde então.
No resultado oficial do ano passado, o PIB havia crescido apenas 1,1% desde o quarto trimestre de 2016, quando havia recuado 0,6%.
Essa queda significa que a soma de todos os bens e serviços que o Brasil produziu em janeiro, fevereiro e março, é 0,2% menor do que a produção de outubro, novembro e dezembro de 2018.
Depois do fim da recessão em 2016, sete trimestres tiveram crescimento e um ficou estagnado, em efeito da greve dos caminhoneiros em 2018. Durante esse período, a economia cresceu mais de 0,5% uma vez, alcançando 1,6%, devido a uma supersafra. Tirando esse trimestre de 2017, todos os outros tiveram o PIB entre 0% e 0,5%, até que teve a primeira queda agora.
Possíveis soluções para o PIB
Juliana Inhasz, economista e coordenadora da graduação em Economia no Insper, em entrevista para o Jornal NEXO, explica uma possível solução “[…] As reformas que o governo Temer conseguiu aprovar foram importantes, mas tímidas. Naquele momento, a economia conseguiu um fôlego, mas curto. Reformas que realmente podem fazer com que as coisas melhorem são reformas estruturais muito mais profundas. E aí não é a reforma da Previdência o remédio exclusivo. Para melhorar de fato no curto prazo, tem que aliar as outras reformas, a tributária talvez hoje seja mais efetiva no curto prazo que a Previdência.”