Atualmente, os riscos do NFT são debatidos tanto quanto os seus benefícios. Tudo isso se tornou possível por causa de nossa cultura da internet. Uma das coisas trazidas pela transformação digital, que tornou a internet mais acessível para as pessoas, foi justamente a possibilidade de conhecer mais sobre o mundo da economia e dos investimentos.
Há pouco tempo atrás, há cerca de quinze anos, pessoas que não eram da área não falavam com tamanha liberalidade sobre investimentos. Esses assuntos eram muito obscuros e mal apareciam no jornal da televisão. Contudo, com a explosão das redes sociais, e plataformas como o Youtube, o acesso ao conhecimento sobre o mundo dos investimentos foi completamente escancarado.
Nos últimos tempos, um dos assuntos mais em voga são os riscos do NFT. O mais interessante é que muitos ainda não têm noção do que significa NFT, uma vez que esse termo remete a uma das novidades tecnológicas relacionadas aos investimentos mais avançados. É necessário compreender o que é essa NFT que tanto falam antes de conhecer os problemas que pode representar.
Além disso, uma das confusões mais comuns é das pessoas que não conseguem diferenciar o NFT das criptomoedas. Já que esses conceitos surgiram quase ao mesmo tempo, é compreensível a nebulosidade entre eles. Mas é preciso diferenciar, até para entender os riscos do NFT.
Portanto, confira a seguir o que é NFT e como essa tecnologia surgiu. Veja também porque é comentada com tamanha intensidade pelas redes e plataformas digitais, isto é, qual o seu poder e o que a torna tão diferente. Por fim, veja quais são os riscos do NFT e veja como se conduzir neste mundo tão tecnológico de forma que você possa fazer seus investimentos com toda segurança.
O que é NFT
Em primeiro lugar, é preciso entender dois conceitos que permeiam a importância do NFT: valor percebido e exclusividade. Se levarmos para esses termos, entendemos que o NFT tornou-se tão popular porque lida em itens exclusivos, totalmente originais. Não é diferente de uma pessoa que investe em uma obra de arte original.
Por exemplo, um quadro de Pablo Picasso só pode ter valor máximo se for um “original Picasso”, justamente porque o valor da obra é ligado diretamente ao seu criador. As cópias podem ter o seu valor, especialmente estético, mas um especialista em obras de arte sabe identificar a obra verdadeira e atribuir-lhe o valor devido. É por isso que obras de arte são tão caras, pois é impossível reproduzi-las em sua totalidade.
Agora, uma vez compreendido o conceito de valor e originalidade, basta transportar isso para o mundo da tecnologia avançada. Criado a partir da tecnologia blockchain, o NFT se trata de um token não fungível. É um ativo que serve como um documento, uma identidade digital que determina a originalidade de uma propriedade.
Diferença entre NFT e Criptomoeda
Agora, no mundo da economia que é ditada pela tecnologia, existe também o conceito da criptomoeda, o qual é comumente confundido com o de NFTs.
A chamada “moeda digital” também funciona por meio da tecnologia blockchain, mas esse é basicamente a única semelhança com o NFT. A criptomoeda tornou-se tão popular porque ela opera em um meio virtual, que fica fora do controle dos governos de todos os países. A rede blockchain, no caso, é a que atua como reguladora.
Essa rede é capaz de guardar informações pertinentes aos investimentos em criptomoedas, bem como as informações financeiras dos investimentos. A tecnologia é considerada como a mais segura do mundo. Além disso, as criptomoedas possuem a vantagem da possibilidade de conversão para moedas como o dólar ou o real. Algumas empresas já aceitam pagamento em criptomoedas ao passo que outras investem pesado nesse mercado.
Mas o que diferencia a criptomoeda do NFT é que a criptomoeda é fungível, ou seja, você pode transferir ou receber em Bitcoins, por exemplo. Elas não são únicas, no mesmo sentido dos NFTs. É possível trocar unidades do mesmo cripto ativo, mas isso é impossível com o NFT.
Não dá para trocar um NFT por outro, pois o valor de cada um é único, uma vez que cada é uma propriedade diferenciada e que não existe outra daquela no mundo.
Por que muitos investem em NFT?
A exclusividade absoluta mostra porque empresas como a Nike investem em startups criadoras de NFTs, bem como o interesse de celebridades como Neymar e Justin Bieber por esses itens. O que está em jogo é adquirir um certificado digital sobre a autenticidade de um item. Em termos leigos, é como adquirir um quadro original de Pablo Picasso, que ninguém, nem mesmo o próprio artista, seria capaz de reproduzir.
Pense em produtos de alto valor, como os diamantes. O que os torna tão caros? Ora, é o fato de serem raros. Imagine, então, adquirir um item que ninguém mais na Terra possui ou poderá adquirir. Esse é o valor de um NFT.
Riscos do NFT
Por todo valor que tal ativo tecnológico pode ter hoje e no futuro, é recomendável não ignorar os riscos do NFT. Isso é até esperado, já que essa tecnologia surge no contexto do avança da blockchain e da criação do metaverso, que, supostamente, funcionará também com a comercialização dos tokens não fungíveis.
Veja a seguir os principais riscos do NFT para entender os cenários onde essa tecnologia precisa ser considerada.
Riscos do NFT para criadores de obras
Um dos fatores que torna o NFT tão atrativo é justamente a segurança oferecida pela tecnologia blockchain. Contudo, já foram registrados roubos de artistas que produzem arte digital.
Alguns artistas digitais tiveram suas obras roubadas para uso de NFT. Isso já tira do artista o direito autoral de sua obra, bem como o direito sobre royalties. A questão é que ainda não existem leis específicas para regulamentar essa tecnologia, o que mostra os riscos do NTF. Juridicamente falando, é uma fonte de insegurança para criadores.
Riscos do NFT relacionados à cibersegurança
Cibersegurança é um dos temas que giram em torno dos ricos do NFT, da mesma forma que o fazem sobre as criptomoedas e agora ao metaverso. São conceitos tão diferentes de nossa realidade, que é difícil até abordá-los.
Para simplificar, é preciso entender que no mundo atual os dados das pessoas possuem muito valor. As grandes empresas se utilizam desses dados, que são cada vez mais profundos e detalhados, para fazer marketing e vendas. Ademais, é preciso mencionar que, no ambiente fora das empresas legítimas, o roubo de dados é crime por si só, e já é usado para movimentar operações criminosas
Uma vez compreendido o valor dos dados, percebemos a importância da cibersegurança. Quando as operações que envolvem NFT não podem garantir cem por cento de cibersegurança, esse é um dos riscos do NFT mais graves.
Riscos do NFT sobre a procedência dos ativos
Este risco remete ao fato de que é preciso ter o olhar de um especialista extremamente qualificado para identificar o valor real, ou seja, a originalidade e consequente procedência de uma obra de arte. Esse cuidado deve ser o mesmo na hora de adquirir um NFT.
Afinal, se o valor do NFT repousa totalmente em sua exclusividade autoral, é preciso verificar totalmente a procedência deste ativo. Já começam a pipocar histórias de golpes que envolvem a venda de NFTs cuja procedência é questionável.
Isso também carrega os riscos do NFT para o primeiro problema da lista. A falta de leis gera falta de fiscalização. Logo, não há como saber se as plataformas de venda de NFTs realizam negócios totalmente autênticos. Em outras palavras, não há como verificar de forma inequívoca a procedência real do NFT vendido.
Conclusão
Assuntos como os riscos do NFT são de vital importância para qualquer pessoa que decide investir o seu dinheiro, especialmente em ativos tão ligados à tecnologia. É o fato de serem novidade e não possuírem normas reguladoras e órgãos legítimos de fiscalização o que torna os NFTs em uma incógnita.
O mais recomendável é proceder com cautela. Ao comprar um NFT, o melhor é entrar em contato com o próprio artista criador da arte, para assim ter certeza da procedência do seu ativo. No mais, é bom ficar de olho nas tendências do mercado e em tudo o que acontece em relação aos atuais riscos do NFT.