Saiba o que é necessário para um esporte se tornar Olímpico

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Houve uma grande expectativa em torno de como seriam as Olimpíadas de Tóquio que, a princípio, seriam jogadas em 2020. Com o avanço da pandemia da Covid-19 e a espera pela ampliação da vacinação, os jogos só puderam ser disputados esse ano.

Ainda assim, com muitas restrições. 

Foto: Unsplash.

Os protocolos adotados para garantir as normas de segurança não permitiram a presença do público. As grandes conquistas dos atletas, a cerimônia de abertura, a formação dos pódios… Tudo foi acompanhado pelas telas – a presença só era permitida para aqueles que estavam envolvidos com o evento.    

Mas a edição foi histórica e a defesa pela diversidade foi a bandeira que se levantou mais alto. Nós, brasileiros, acompanhamos de perto nossa melhor performance da história. Isso graças ao bom desempenho em dois novos esportes que estrearam em Tóquio: o skate e o surf. 

Seguindo essa toada, falaremos hoje dos “novos esportes” que podem aparecer nas próximas edições olímpicas e o que é necessário para isso. 

O que um esporte precisa para ser aceito?  

O primeiro passo necessário para determinado esporte aparecer nos jogos é ser reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Esse é o requisito básico para que o esporte entre no radar dos avaliadores. É importante também que o esporte seja regido por uma Federação Internacional – que é a responsável por seguir o código antidoping, por exemplo.

Outro ponto extremamente relevante é que o esporte seja popular. E o COI é bem específico nesse ponto: o esporte deve ser jogado por homens em pelo menos 75 países e em quatro continentes, e por mulheres em pelo menos 40 países e três continentes.  

Todos os esportes são constantemente reavaliados, onde é deliberada sua permanência nos jogos ou não. Detalhe: para um esporte entrar nos jogos, outro precisa sair. Nesses jogos de Tóquio, foram disputadas 46 modalidades. 

Para se ter uma ideia dessa constante renovação, alguns esportes interessantes já foram considerados olímpicos em edições do passado e hoje não são mais. Por exemplo: arremesso de discos e dardo com as duas mãos, arremesso de pedra, cabo-de-guerra, levantamento de peso com uma só mão e golfe. 

Outra questão muito importante para o esporte é ele ser administrado por federações que permitem e organizam as competições, com os requisitos necessários que são colocados pelo COI. 

Além do skate e do surf, nesta edição dos jogos foram incorporados os seguintes esportes: karatê, escalada e beisebol. Desses, apenas o skate, surfe e escalada continuam para a próxima edição. 

Perspectivas para os próximos jogos

Uma vez encerrada as edições dos jogos de Tóquio, já começa imediatamente a preparação para as Olimpíadas de Paris, em 2024. Algumas coisas já estão muito bem encaminhadas e outras ainda correm por fora. 

Uma das novidades que veremos em Paris é o breakdance. Essa modalidade tem como uma de suas características a incorporação dos elementos do chamado hip-hop. 

Os chamados b-boys e b-girls que praticam o esporte em alto rendimento chegam a treinar de oito a dez horas por dia para melhorar a performance. A origem da dança remete às periferias dos Estados Unidos, mas sua popularidade já se espalhou pelos quatro cantos do mundo. 

Em 2018, nos Jogos Olímpicos da Juventude, disputados em Buenos Aires, o breakdance fez muito sucesso, o que deu ainda mais argumentos para a aposta do Comitê Olímpico Internacional (COI). 

A ideia é justamente essa: aproximar os jogos dos jovens.   

Outros esportes correm por fora e buscam uma aprovação para as Olimpíadas de 2028, a serem realizadas em Los Angeles. É o caso por exemplo do poker, que criou uma modalidade totalmente voltada para os Jogos Olímpicos (o Match Poker), que se diferencia da forma como o esporte vem sendo jogado nos últimos anos.

Plataformas online, como a PPPoker, se destacam no cenário do poker online, que vem ajudando o esporte a se popularizar.    

Conclusão 

Nos jogos de Paris poderemos observar uma tendência que fez história nos jogos de Tóquio: a igualdade de gênero. Neste ano, 48.8% por cento do corpo de atletas era feminino. Esse número certamente vai aumentar em 2024.

Muitos críticos pontuam que o COI, por vezes, adota uma posição muito conservadora e demora excessivamente para atender às demandas populares. Entretanto, as novidades estão aí e a disputa para marcar presença nos jogos segue sendo como sempre foi, muito alta. Nos resta aguardar os desdobramentos e esperar pelas novidades que virão.

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