Após solicitação da Polícia Federal, o Ministro Alexandre Moraes, do Superior Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio do Telegram, durante a sexta-feira (18). O aplicativo de mensagens, “rival” do Whatsapp, se consagrou como um polo de diversos conteúdos diferenciados da internet.
O bloqueio ao Telegram se dá por conta da grande gama de fake news que é produzida e espalhada através da rede, além de discurso de ódio e ideologias de supremacia. Além disso, segundo as autoridades, a empresa pouco colabora com as investigações.
Utilidades diferentes
Apesar de se parecer com o Whatsapp, o Telegram é utilizado de forma diferente que o coirmão, esse que é, de maneira geral, uma rede social de chat entre amigos e conhecidos. Por sua vez, o Telegram é composto por grupos de diversos temas, que prestam serviços, promovem comércio e até mesmo informam. São os chamados canais.
Um dos principais exemplos de sucesso é o Espiadinha, grupo sobre Big Brother Brasil, que faz cobertura especializada do reality show durante 24 horas, através de mensagens escritas e imagens. O canal do perfil no Telegram possui cerca de 360 mil leitores.
Outro núcleo que se fez na rede banida foi o das apostas esportivas, que têm crescido em larga escala no Brasil durante os últimos anos. O movimento é liderado pelas consultorias, que funcionam da seguinte forma: eles criam canais que passam dicas grátis das apostas para os internautas. Nessa toada, atraem possíveis clientes e criam grupos pagos, com conteúdo diferenciado, maior e melhor.
A opção pelo Telegram em detrimento do ‘Zap’ se dá por alguns motivos específicos, como a possibilidade de colocar milhares de pessoas em um só canal, maior facilidade de compartilhamento e ferramentas diferenciadas, como a de reação nas postagens.
Canais sobre outros temas não faltam. Milhas, dicas de viagem, culinária, política e, até mesmo, grupos sobre troca de ideias.
História conturbada
O Telegram é um aplicativo russo, fundado em 2013 e que tem sede atual em Dubai, nos Emirados Árabes. Por conta de diversos episódios parecidos com os ocorridos no Brasil, a rede social já foi suspensa de outros dez países.
Apesar do bloqueio determinado por Moraes, o Telegram segue funcionando em solo brasileiro, mas pode cair a qualquer momento.