Nas últimas semanas, os moradores de Belo Horizonte têm sentido os efeitos da baixa umidade relativa do ar.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o nível ideal de umidade relativa do ar para o organismo humano gira em torno de 40 a 70%.
A capital tem registrado níveis abaixo de 30%, em especial no horário crítico, entre 15 e 16 horas, o que pode representar riscos à saúde.
Nesta sexta-feira, a Defesa Civil registrou umidade relativa do ar abaixo de 12%.
O geriatra e médico de família e comunidade da Secretaria Municipal de Saúde, André Luiz de Menezes, alerta sobre os sinais que a população deve estar atenta e onde procurar ajuda. “Cuidados especiais devem ser dados às crianças e aos idosos por serem mais vulneráveis à desidratação e suas complicações.
Entre os sinais mais graves, estão a pele muito seca, com diminuição da elasticidade (não retorna ao normal ao ser beliscada), intensa diminuição do hábito de urinar, que pode vir acompanhada de cansaço intenso, sonolência e confusão mental.
Nestes casos, orientamos avaliação no Centro de Saúde mais próximo”, explicou.
Nesse período, tornam-se evidentes as consequências imediatas para o corpo: dor de cabeça, garganta seca e irritada, olhos avermelhados (sensação de areia nos olhos), cansaço e até sangramento nasal.
Além desses desconfortos, há um grande prejuízo para as vias respiratórias, pois o ar seco, com maior concentração de poluentes, compromete o bom funcionamento do nariz e dos pulmões.
Consequentemente, pessoas com doenças respiratórias, como asma e rinite, sofrem mais nesse período, o que reforça a importância de manter o controle médico regular.
As infecções virais e bacterianas também são mais frequentes por sua facilidade de propagação.
A fim de minimizar esses sintomas e as complicações da baixa umidade, é recomendável seguir as seguintes instruções: – O essencial é tomar água com frequência.
Se a urina estiver amarela é sinal de maior necessidade de ingestão de líquidos.
O ideal é que a urina esteja transparente.
Cuidado especial deve ser dispensado às crianças e aos idosos por serem mais vulneráveis à desidratação e suas complicações; – Dar preferência a dietas leves.
Preferir frutas ricas em líquidos como melancia, melão e laranja; – Lavar as narinas com soro fisiológico à temperatura ambiente; – Utilizar colírios lubrificantes para os olhos; – Umidificar o ambiente com toalhas molhadas, em especial no quarto de dormir; – Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 10h às 16h; – Usar produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos após o banho; – Evitar fumar em ambientes fechados. * Com informações de Prefeitura Municipal de Belo Horizonte