Surgida na Europa entre os séculos XIII e XVI, as rodas dos enjeitados –ou roda dos expostos, eram utilizadas para abandonar crianças rejeitadas pelas mães, muito por conta da peste negra e outras mazelas da época.
Quase 10 séculos mais tarde, a classe política brasileira sentiu na pele um processo semelhante.
A eleição do último dia 07 de outubro, deu um ultimato à Velha Política. Os eleitores preferiram nomes novos à velhos caciques que fizeram da política fonte de renda e poder.
Ainda durante a campanha, nomes como Aécio Neves, Dilma Rousseff e Geraldo Alckmin, chegaram à ser evitados em palanques por correligionários que iam bem em pesquisas para evitar manchas na imagem -os dois últimos sequer conseguiram se eleger.
Outros nomes fortes da política como Romero Jucá (MDB-RR), Eduardo Suplicy (PT-SP), Roberto Requião (MDB-PR) não conseguiram boas colocações nas urnas e ficaram sem mandato.
Um novo quadro, parece se desenhar na sociedade brasileira, mostrando que os últimos movimentos de 2015 e 2016 não ficaram só nas ruas.
Num show de democracia, os eleitores deram um NÃO à corrupção, fazenda a maior renovação no Congresso dos últimos 20 anos.
Tomarão posse no próximo 1 de janeiro, 53% novos deputados federais e 85% novos senadores. Se farão ou não um belo trabalho, isso só o tempo dirá.
Por fim, encerro com uma citação do ilustre professor Marco Antônio Villa:
(Os eleitores) Sabem muito bem o que não querem. Mas ainda não têm claro — o que é absolutamente compreensível — o que querem e como vão construir um novo Brasil. É um processo, certamente longo. Todavia já teve início.
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