25 anos da morte de Mussum: conheça o humorista

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Você já ouviu falar de Antônio Carlos Bernardes Gomes? Provavelmente dirá que não. Mas se eu contar o apelido dele, é certeza que todos se lembrarão. Mussum, icônico personagem do quarteto “Os Trapalhões”, formado por, além dele, os humoristas Dedé, Didi e Zacarias. Pois bem, hoje completam 25 anos que o dono do famoso bordão “Cacildis!” nos deixou.
Mussum nasceu em 7 de abril de 1941, na cidade do Rio de Janeiro, no Morro da Cachoeirinha, localizado no bairro Lins de Vasconcelos. De origem humilde, o início do futuro comediante na carreira artística foi pela música, tocando reco-reco no grupo Os Modernos do Samba. Em seguida, fundou os grupos Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. O conjunto obteve grande sucesso na época, nos meados dos anos 1970, chegando a gravar 13 álbuns, emplacando grandes sucessos. O comediante ainda lançou alguns álbuns solo.

Mussum se torna humorista

O artista ingressou na carreira humorística em 1973. Ele foi convidado pelo produtor de “Os Trapalhões”, Wilton Franco, e mesmo recusando, num primeiro momento, posteriormente foi convencido por Dedé Santana a integrar o grupo. Antes disso, Mussum já havia trabalhado na “Escolinha do Professor Raimundo”, comandada por Chico Anysio.
Após começar carreira na TV, Mussum acabou não conseguindo conciliar a carreira como humorista e músico e deixou Os Originais do Samba. Mas ainda assim, a música não saiu do artista. Ele ainda gravou três discos solo, além de vários álbuns com Os Trapalhões e nunca deixava de sair na sua querida escola de samba, Estação Primeira de Mangueira.
Veja o comediante atuando:

Cacilds!

Mussum é considerado por muitos o mais engraçados de “Os Trapalhões” e se eternizou na história das artes brasileiras com bordões como “Cacildis!“, “mé” (apelido que dava para cachaça) e ao colocar as terminações “is” e “évis” ao fim de diversas expressões, como “forévis” (forever) e “coraçãozis” (coração).
Outra das características do humor praticado por Mussum eram as piadas referente as bebidas alcoólicas. O personagem era assumidamente alcoólatra e frequentemente pedia “mais uma ampola”, que era como ele solicitava mais cerveja. “Faz uma pindureta” (ao comprar fiado) e “vou me pirulitazis“, quando ia fugir de alguma situação difícil.

Morte de Mussum

O comediante faleceu em 29 de julho de 1994, após complicações vindas de um transplante de coração. O humorista tinha 53 anos.

Lembrança

Mussum é muito lembrado até os dias atuais. Em São Paulo, uma rua de Campo Limpo ganhou o nome “Comediante Mussum”. No Rio, o artista também foi eternizado com a mudança de nome do “Largo do Anil”, em Jacarepaguá, rebatizado de “Largo do Mussum”. O humorista também foi lembrado na música. A banda Raimundos lançou um álbum, em 1999, chamado “Só No Forevis”, referenciando-o.

Cervejas

Uma das paixões de Mussum, a cerveja também tratou de eternizar o ícone do humor brasileiro. Sandro Gomes, terceiro filho do artista, criou a Cervejaria Ampolis, em homenagem ao pai. A marca tem quatro rótulos: Cacildis, Biritis, Ditriguis e Forévis.

Documentário

Em 4 de abril de 2019, foi lançado um documentário que contava a história de Mussum, mas por uma agulação diferente. Dirigida por Susanna Lira e estrelado por nomes como Lázaro Ramos (Mussum), Dedé Santana e Didi Mocó, ex-companheiros de Mussum no “Os Trapalhões”, a produção mostra uma faceta mais séria do comediante, como pai e profissional.
Veja abaixo o trailer do documentário.

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