Ainda não se sabe baseado em quais documentos, mas o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que será preso na próxima terça-feira, 21, e convocou seus apoiadores para manifestar apoio ao seu favor.
Com a nova informação dada pelo próprio republicado através das redes sociais, a tendência é de que os EUA protagonizem a semana. Se de fato o encarceramento do empresário acontecer, políticos brasileiros ficarão de alerta, sobretudo aqueles que apoiaram e continuam apoiando o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Isso porque há uma semelhança muito próxima entre ambos os políticos, são conservadores, representam a extrema direita (extremo republicano no caso dos EUA), atacaram abertamente as instituições democráticas, são negacionistas, liberais e não aceitaram o resultado das eleições, quando perderam.
No dia 8 de janeiro deste ano (2023), inspirados nos apoiadores de Trump, brasileiros radicais invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Assim como aconteceu em Capitólio, dois anos antes, em 6 de janeiro de 2021, os vândalos e radicais bolsonaristas não aceitaram a derrota de seu escolhido para governar o país. Uma sequência de atos violentos pode ser acompanhada através de vídeos veiculados nas redes sociais, imprensa e mesmo câmera interna dos prédios depredados.
As investigações relacionadas aos atos antidemocráticos que aconteceram no Brasil no final de 2022 e início de 2023 já iniciaram. Muitas falas de Bolsonaro que fomentaram os ataques às instituições democráticas brasileiras podem ser compreendidas como apoio indireto do ex-presidente, sem contar nos financiadores dos atos, que, se comprovado ligações diretas com Bolsonaro, poderá o colocar na mesma situação de Trump, sob o risco de prisão.
Há indícios de que o Sindicato Rural de Castro (PR), apontado como financiador dos atos golpistas, é ligado à vice-líder de Bolsonaro no Congresso, Aline Sleutjes (Pros-PR).
Com as investigações mais avançadas, Trump é acusado por quatro crimes relacionados à invasão de Capitólio, são eles: acusado de obstrução a procedimentos oficiais; conspiração para fraudar os Estados Unidos; conspiração para fazer alegações falsas; e insurreição.
Mas o que pode realmente colocar o milionário atrás das grades neste momento seria a confirmação do crime de falsificação de registros comerciais que diz respeito a um pagamento de US$ 130 mil feito duas semanas antes da eleição presidencial de 2016 a uma atriz pornô conhecida como Stormy Daniels. Segundo a acusação, o valor foi pago na tentativa de comprar o silêncio da atriz sobre um relacionamento com o ex-presidente americano.
Se preso, Trump se tornará o primeiro ex-presidente americano condenado pela justiça.
Mesmo sob o risco de indiciamento, Donald Trump mira a eleição presidencial de 2024. Só não se sabe até que ponto os rumores envolvendo o seu nome podem ser negativos ou positivos.
Enquanto isso, no Brasil, as investigações envolvendo Bolsonaro caminham lentamente, o que nos traz a reflexão sobre o seu retorno na competição eleitoral de 2026.