De um time considerado muito fraco no início do ano para, em apenas 2 meses, disputar de igual para igual a final de um campeonato com seu maior rival, que hoje é considerado por muitos torcedores e profissionais da imprensa, um dos elencos mais fortes, entrosados e qualificados do Brasil. Esse é o Atlético que, mesmo sem conquistar pelo segundo ano seguido o título Mineiro, demonstra crescimento excepcional para um pouquíssimo tempo de trabalho.
De fato, os primeiros meses do ano foram desesperadores para o torcedor atleticano, afinal, desde 2012, estavam acostumados com grandes nomes e elencos caríssimos, mas com a chegada Sérgio Sette Câmara e sua equipe de trabalho, essa filosofia mudou, pois, como disse o novo presidente, “é preciso equalizar as contas e colocá-las em dia”. Assim, para essa temporada, o Atlético abriu mão de grandes nomes como, por exemplo, Robinho e Fred, que custaram, sozinhos, quase 53 milhões de reais para os cofres do time.
Deste modo, com um elenco bem mais barato, porém ainda interessante no papel, o time teve um péssimo desempenho no início do ano, ainda sob comando de Oswaldo de Oliveira que, posteriormente, acabou sendo demitido. Mas nesse período, o que mais se falava entre torcedores e profissionais da impressa era, “esse time é muito fraco”, “o rival está invicto, bem acima, vai atropelar”, ” esse time vai ser rebaixado no Mineiro”, etc e etc.. .
No dia 8 de fevereiro, Oswaldo foi demitido e, em seu lugar, assumiu o interino Thiago Larghi. E apesar de ser remanescente da comissão técnica de Oswaldo, o jovem, porém muito estudioso treinador substituto, trouxe outra filosofia para o time que, de fato, assimilou e correspondeu dentro de campo, passando a jogar melhor, mais compacto e dinâmico, mostrando ser “outro Atlético”, apesar de ter quase as mesmas peças. E tudo isso em APENAS 2 meses, completados exatamente no dia de ontem na grande final (08/04). Com Larghi, mesmo após derrota na finalíssima, o time alcançou incríveis 70% de aproveitamento, sendo; 15 partidas, 10 vitórias, 1 empate e somente quatro derrotas. Não somente os números, mas principalmente, a postura e desenvolvimento do time dentro de campo são outros.
Opinião – No fim das contas, o Campeonato Mineiro foi mais importante para o Atlético do que para o rival
Em apenas 2 meses de trabalho é inquestionável que houve grande evolução do time atleticano, porém isso só foi possível graças ao Campeonato Mineiro. Nele, o Galo pôde “treinar”, já que, como disse Larghi, “era quase impossível treinar o time com jogos no meio e no final de semana”, assim, de fato, o Mineiro, muita das vezes, acabou sendo utilizando para treinos do time. Panorama diferente do rival, que já vinha com uma base pronta desde 2017 e, consequentemente, muito mais entrosada. Assim, podemos destacar que o Campeonato Mineiro foi importantíssimo para o Atlético, até mais do que foi para o Cruzeiro que, invicto, parecia ter “o título nas mãos”, mas acabou perdendo na primeira partida da final para quem? O “desacreditado” Atlético pelo placar de 3 a 1. E ainda, quem sabe o que poderia acontecer nessa segunda partida se o árbitro expulsasse não um, mas sim os dois jogadores brigões (Otero e Edílson), e o jogo ficando 10 contra 10, não existem garantidas de que o time cruzeirense fosse fazer 2 a 0, não é mesmo? Afinal, ninguém tem bola de cristal.
De todo modo, não podemos esconder os problemas do time atleticano e, de fato, para o Campeonato Brasileiro, o Atlético precisa de, pelo menos, 3 ou 4 reforços, pois hoje tem um bom time titular, mas ainda faltam reservas. Resumindo, são casos de acerto para esse time em franca ascensão, garantir uma sequência de ano ainda muito melhor.
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