O monopólio mundial do Youtube na criação de conteúdos audiovisuais é definitivo e inegável. Porém, não é todo mundo que está satisfeito com essa situação e, por isso, quem está incomodado, busca alternativas. A principal via surgindo no momento é o Rumble, que passa a ganhar espaço nos noticiários.
No Brasil, o nome da plataforma cresce, e conta com nomes conhecidos da internet, como o polêmico podcaster Monark e o conceituado jornalista Glenn Greenwald.
A história do Rumble
A plataforma canadense é sediada em Toronto, e foi criada em 2013, pelo empresário Chris Pavlovski. Nos primeiros anos de sua história, o Rumble não se assemelhava ao Youtube, e tinha os vídeos virais como maioria de seu conteúdo. Contudo, a partir de 2020, diversas figuras conservadoras dos Estados Unidos, que produziam vídeos conspiracionistas e negacionistas acerca da Covid-19, migraram para o Rumble, após acusarem o Youtube de censura.
Outro assíduo usuário da plataforma é Donald Trump, ex-presidente estadunidense e que busca espaços para disseminar seu discurso.
Rumble em solo brasileiro
Pouco conhecido nacionalmente, o website começa a ganhar corpo. Nesta segunda-feira (04), o influencer Monark irá estrear seu novo podcast na rede. O ex-Flow foi punido fortemente pelo Youtube, após sugerir, no ar, que o Brasil legalizasse a existência de um partido nazista.
Seu novo projeto se chamará ‘Monark Talks’, e promete ter, praticamente, o mesmo formato do ‘Flow’, com longas e abertas conversas. O Rumble, por sua vez, defende ser uma plataforma “imune ao cancelamento”, apesar de se dizer contra racismo, antissemitismo, homofobia e outros tipos de discriminação.
Figuras progressistas
Apesar de ser, tradicionalmente, um polo tomado por conservadores e direitistas, o Rumble apresenta nomes ligados à esquerda brasileira. Um deles é o escritor Ferréz, que produzia conteúdo no Youtube, mas decidiu respirar novos ares. Seu canal se chama ‘Ferréz Em Construção’ e, até agora, já lançou dois vídeos.
O jornalista americano Glenn Greenwald está na plataforma desde agosto de 2021, e possui bons números em seus conteúdos.
Resta saber como os usuários irão reagir com a chegada definitiva ao Brasil. Afinal, quebrar o domínio de uma Bigtech não é fácil – é quase impossível.