Em jogo polêmico, Cruzeiro não sai do empate contra o Vitória

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O Cruzeiro não conseguiu sair do empate contra o Vitória, neste domingo (05), no Barradão. Com o tropeço, a Raposa soma agora três partidas seguidas sem vencer no campeonato, ocupando a oitava posição com 25. Os gols do jogo foram marcados pelo atacante Neilton, de pênalti, para a equipe baiana e pelo zagueiro Manoel, de cabeça, para os mineiros.

O resultado foi bastante lamentado pela equipe celeste que saiu de campo, mais uma vez, na bronca com a arbitragem. Os principais lances reclamados são o pênalti que originou o gol do Vitória, onde a falta teria acontecido fora da área e a anulação do segundo gol cruzeirense, já no fim da partida.

O jogo

O Cruzeiro, que entrou em campo com um time totalmente reserva, sofreu com a falta de entrosamento e com o forte calor no início da partida, estando em certos momentos acuado pelo Vitória, que ia para cima com tudo. Mas, com o decorrer do tempo, os mineiros conseguiram equilibrar a partida e passar a assustar mais a equipe rubro-negra, criando as melhores chances da primeira etapa. Primeiro com o atacante Rafael Sóbis que, após tabelar com o argentino Mancuello, acertou a trave do goleiro Ronaldo. Depois foi a vez do volante Bruno Silva levar perigo. Após escanteio e bate rebate na área, o volante cruzeirense chutou forte, a queima-roupa e obrigou o zagueiro Aderllan a se atirar na bola quase em cima da linha para salvar o Vitória.

Na segunda etapa, o jogo passou a ficar ainda mais aberto com boas chances para as duas equipes e, após já ter parado o Cruzeiro na partida, a trave assumiu de vez o protagonismo da partida. Primeiro ao parar finalização forte de Rafael Sóbis que concluiu após jogada individual e depois ao se colocar no caminho de Neilton, que após rebote de grande defesa do goleiro Rafael, praticamente em cima da linha, conseguiu chutar no poste, perdendo uma chance inacreditável.

Mas nesse ritmo o gol não tardaria sair e ele logo apareceu. Aos 25 do segundo tempo, após jogada individual, Neilton foi derrubado e após período de hesitação da equipe de arbitragem, a penalidade máxima foi assinalada. A polêmica ao redor do lance se criou pelo fato da infração parecer ter sido cometida fora da área, fato que revoltou os cruzeirenses. Neilton, que não tinha nada com isso, bateu bem e abriu o placar da partida.

Só que o Cruzeiro não ficou por muito tempo atrás no placar e quatro minutos depois chegou à igualdade, com Manoel. O uruguaio Arrascaeta, que havia acabado de entrar, cobrou falta com maestria, na cabeça do zagueiro celeste, que mandou para o fundo das redes

Aos 42, o Vitória criou outra boa chance, com o ex-cruzeirense Wallyson, que fez bela jogada individual e chutou forte, obrigando Rafael a operar um milagre.

E aos 45 mais um lance controverso e talvez o mais importante na partida. Arrascaeta bate escanteio com precisão, mais uma vez na cabeça de Manoel, que marca seu segundo gol no jogo. Mas logo o juiz parou o lance, assinalando uma falta inexistente para cima do zagueiro do Vitória, atrapalhando a virada cruzeirense.

Arbitragem

E mais uma vez o Cruzeiro foi prejudicado nesse Brasileirão. Eu já perdi até as contas de quantos pontos perdemos por causa da arbitragem. E como eu disse aqui, logo iriam acontecer mais e mais erros contra nós. Não sou daqueles que fala de esquema e máfia, até porque o adversário beneficiado foi o modesto Vitória, mas é por essas e outras que acho o VAR primordial para o futebol brasileiro, já que os árbitros não têm qualidade o suficiente para apitar uma partida sozinhos.

O treinador Mano Menezes falou na coletiva pós-jogo sobre a arbitragem.

“O Cruzeiro fez um bom jogo, pelas circunstâncias, um time bastante mexido, como nós fizemos a opção. Enfrentou o Vitória como se enfrenta para ganhar, com personalidade. Sabia que era difícil. E a arbitragem, na minha opinião, tornou ela (vitória) impossível”

Mano reclamou também da frequência com que estes erros acontecem contra o Cruzeiro.

“De novo, o Cruzeiro faz um gol legal e a arbitragem anula. Desde que voltamos da Copa, já deve ser o quarto ou quinto gol legal que a gente faz e tem uma coisinha que acha que foi impedimento, ou que acha que puxou. Mas para os nossos adversários o pessoal não acha nada. Temos que ficar atentos, campeonatos se decidem em detalhes. Hoje, mais uma vez, ao meu ver, a vitória escapou por essa condição. Fizemos os gols para ganhar. Isso que me deixa triste”

Agora o Cruzeiro se prepara para a grande partida de ida das quartas da Taça Libertadores, contra o Flamengo, na quarta-feira (08), naquele que será o jogo mais importante do ano até então para a equipe celeste.

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