E o Cruzeiro venceu novamente! A vítima da vez foi o Atlético Paranaense, que até saiu na frente do placar, mas não conseguiu resistir à pressão cruzeirense e levou a virada. O triunfo colocou o Cruzeiro momentaneamente na terceira posição, dependendo da partida entre Internacional e Ceará. Cruzeiro e Atlético Paranaense fizeram grande partida, na noite de domingo, mas infelizmente, a má atuação da equipe de arbitragem acabou chamando a atenção tanto quanto o futebol jogado, tanto que as duas equipes têm motivos para reclamar da arbitragem, mesmo no geral o resultado sendo justo.
Além dos três pontos e da subida na tabela, a partida também trouxe outros fatos positivos para o Cruzeiro e seus atletas. Primeiro, Arrascaeta, que vem voando após voltar da Copa do Mundo, marcou na terceira partida seguida e empatou com Marcelo Moreno como o estrangeiro que mais marcou gols pelo Cruzeiro, com 45 tentos anotados. Outro gringo que também brilhou foi Hernán Barcos, que fez seu primeiro gol com a camisa celeste, além de demonstrar grande técnica e raça durante a partida. Partidaça do “Pirata” que já começa a cair nas graças do torcedor celeste. Robinho, autor de duas assistências, também parece ter saído de vez da má fase que o acompanhava nessa temporada, aliada com a mudança de posicionamento do camisa 19 imposta por Mano Menezes.
No geral, a partida cruzeirense foi muito boa, com movimentação e controle das ações da partida, além de força para buscar o resultado após sair atrás no placar. O primeiro tempo da equipe celeste foi um pouco abaixo do esperado e a postura defensiva da equipe paranaense dificultava às ações do Cruzeiro na partida. Mas no segundo tempo as coisas mudaram, principalmente após a boa entrada de Rafinha, no lugar do Lucas Silva em mudança ousada proposta por Mano Menezes. O que se viu na segunda etapa foi muita movimentação e força ofensiva da equipe celeste e um Lucas Romero implacável na hora de proteger a defesa. Apesar de passar bom período da partida atrás do placar, a vitória jamais pareceu distante.
Arbitragem
Como dito por mim aqui, a implantação do VAR no futebol brasileiro tem de ser imediata e as seguidas lambanças do trio de arbitragem da partida de domingo atestam isso.
O primeiro erro considerável da arbitragem na partida foi o gol mal anulado de Hernán Barcos, aos 20 do primeiro tempo. Após receber ótimo lançamento de Arrascaeta, Robinho deixou Barcos com o gol aberto para abrir o placar, mas aquele que seria o primeiro gol do argentino com a camisa celeste foi invalidado, pois o bandeirinha viu impedimento inexistente de Robinho.
No decorrer da partida, mais um erro do trio. Num ataque cruzeirense, Arrascaeta sofreu falta clara de Jonathan e perdeu a bola, mas a infração não foi assinalada. Com a bola recuperada, o Furacão saiu em velocidade e ao chegar na intermediária celeste foi “ajudado” mais uma vez pelo árbitro gaúcho Jean Pierre Gonçalves Lima que, mal posicionado, consertou um erro de passe dos rubro-negros – após a bola bater no juiz, ficou limpa para o ataque paranaense progredir e invadir a área com Bruno Guimarães e então Dedé derrubou o jogador adversário assinalou pênalti. Guilherme foi para a bola e marcou.
No segundo tempo, quem teve motivos para reclamar foi o Atlético Paranaense. Primeiro numa suposta agressão de Edilson, que deixou o braço numa disputa sem bola com o jogador adversário. O lateral celeste recebeu apenas o amarelo no lance, em decisão que achei justa, mas que causou revolta da comissão técnica paranaense.
Outro erro da arbitragem foi no segundo gol celeste, onde Barcos estava ligeiramente adiantado quando recebeu o cruzamento de Robinho. Mas com o gol legal anulado no primeiro tempo, as coisas ficaram “elas por elas”. Mas claro, o ideal seria que não acontecesse erro algum.
O último lance polêmico, mas nem tanto assim, da partida foi a correta expulsão de Lucho, que deu carrinho maldoso, por trás, em Raniel.
De resto, sem mais incidentes. VAR já.
O próximo desafio do Cruzeiro será na quarta, às 21h45, fora de casa, contra o Corinthians.
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