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Em Mariana, proprietário de mineradora é preso por derrubar Mata Atlântica

26/09/2019 às 20:55
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Agentes do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), flagraram através de uma denúncia anônima, o momento exato em que estavam sendo derrubadas no distrito de Cláudio Manoel, em Mariana, espécies da Mata Atlântica. A polícia esteve no local duas vezes, sendo que, detectaram na primeira vez, a supressão de árvores e já na segunda, foi feito o flagrante do crime ambiental.

A polícia prendeu José Helinton Pontes, de 56 anos, proprietário da Mineradora Pontes e um funcionário que trabalhava para ele. O crime, previsto na Lei Ambiental, pode ter prisão de 1 a 3 anos, entretanto é possível que se pague uma fiança de R$ 30 mil (em espécie) para ser liberado.

O funcionário será indiciado pelo mesmo crime por ter assumido o risco de executar o serviço sem qualquer documentação que liberasse a ação. Dessa forma, ele assinou o termo circunstanciado de ocorrência, em que se compromete a se apresentar à Justiça.

A mineradora em questão já havia derrubado uma área de 4 mil metros quadrados de vegetação, área que corresponde a quase um campo de futebol, com cerca de meio quilômetro de estrada aberta.

O empresário trabalha com mineração de manganês, minério de ferro e areia, e segundo o delegado, o homem possui relação com extração de minerais não só em Minas, mas também em outros estados. A mineradora de Mariana possui autorização apenas para minerar a área e não fazer a supressão de árvores.

A ação em questão faz parte de investigações feitas pelo Dema. As regiões investigadas possuem atuação irregular de algumas mineradoras, como extração de minério de ferro ilegal ou a supressão de vegetação nos locais.

Até a manhã desta quinta-feira (26), o empresário,que foi encaminhado ao presídio de Mariana, ainda não havia efetuado o pagamento da fiança.

Entre os crimes ambientais na região dos inconfidentes, o secretário de Meio Ambiente de Mariana, Rodrigo Carneiro, foi afastado do cargo, inicialmente por 60 dias, após a terceira fase da operação Curupira. A operação visa investigar fraudes em licenças ambientais em quatro cidades mineiras, envolvendo a Secretaria de Meio Ambiente de Mariana e de outros municípios.

Segundo uma nota emitida pela Prefeitura de Mariana, o objetivo do afastamento é manter a transparência dos trabalhos da Administração Pública, assim como, demonstrar a total independência da Comissão e a isenção do secretário sobre as questões investigadas.

Dessa forma, o afastamento de Rodrigo Carneiro tem um prazo de 60 dias, ou até que as investigações terminem, segundo autoriza a Lei Complementar Municipal nº. 005/2001 do Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Mariana.

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