Por anos, se repetiu a ideia de que, no futuro, os Estados Unidos se tornariam uma potência no futebol, assim como é nos outros esportes, devido ao poder organizacional e de investimentos do país. A profecia, porém, não se cumpriu, e os Yankees sequer se classificaram à Copa do Mundo disputada na Rússia, em 2018.
Para a disputa no Catar, a expectativa é a Seleção Americana se recolocar com destaque no cenário internacional do futebol. O êxito nessa meta passa, diretamente, por um grupo de jovens jogadores que ascenderam nos últimos anos, tanto na Europa quanto na Major League Soccer – campeonato local, que aposta na formação de novos talentos.
Os garotos de ouro
Giovanni Reyna (Borussia Dortmund-ALE), 20 anos; Christian Pulisic (Chelsea-ING), 24 anos; Sergino Dest (Milan-ITA), 22 anos; Timothy Weah (Lille-FRA), 22 anos; Winston McKennie (Juventus-ITA), 24 anos. Esses são alguns dos nomes que possuem a missão de recolocar os Estados Unidos no destaque do futebol mundial. O principal desafio será saber lidar com a inexperiência em mundiais, já que grande parte do elenco sequer já disputou o torneio, visto que a última ida estadunidense à Copa do Mundo foi em 2014, no Brasil.
Por outro lado, qualidade técnica não falta. As novas estrelas americanas possuem habilidade de sobra, e podem desequilibrar partidas que se desenhem amarradas. Na disputa direta contra os concorrentes do Grupo B, que conta com Irã, Inglaterra e País de Gales, os Estados Unidos lutam pela segunda vaga, já que os ingleses devem avançar na liderança.
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A convocação do técnico Gregg Berhalter privilegiou os atletas jovens e com maioria formada por atletas de grandes ligas europeias e da Major League Soccer.
Uma geração histórica
Os jovens que hoje são os representantes dos mais de 331 milhões de norte-americanos, estavam, até outro dia, no sofá, assistindo a equipe que colocou os Estados Unidos em evidência no futebol. Landon Donovan, Tim Howard e Clint Dempsey foram responsáveis por grandes campanhas da equipe, como o vice-campeonato da Copa das Confederações, em 2009.
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Na Copa de 2002, os Estados Unidos fizeram uma campanha histórica, atingindo as quartas de final, com destaque para Donovan, eleito o melhor jogador jovem do torneio. A participação, que só terminou em derrota magra para a Alemanha, é a segunda melhor da história do país em mundiais, ficando atrás apenas de 1930, quando os Yankees foram às semifinais.
- Time base (4-3-3): Matt Turner (Arsenal-ING); Sergino Dest (Milan-ITA), Aaron Long (Red Bull New York-EUA), Walker Zimmermann (Nashville-EUA) e Antonee Robinson (Fulham-ING); Tyler Adams (Leeds United-ING), Winston McKennie (Juventus-ITA) e Brenden Aaronson (Leeds United-ING); Christian Pulisic (Chelsea-ING), Giovanni Reyna (Borussia Dortmund-ALE) e Jesus Ferreyra (Dallas-EUA).
- Técnico: Gregg Berhalter
- Capitão: Christian Pulisic
- Destaque: Christian Pulisic
- Jogos: País de Gales (21/11), Inglaterra (25/11) e Irã (29/11)
- Prognóstico: Disputa pela segunda vaga do grupo
- Melhores participações: 1958 (quartas de final)
- Ídolos históricos: Tim Howard, Landon Donovan, Alexi Lalas
- Maior goleador: Clint Dempsey e Landon Donovan (57 gols)
- Jogador que mais vezes atuou: Cobi Jones (164 jogos)