Fugir dos excessos é a melhor forma de combate à hepatite alcoólica

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O alcoolismo é um grande problema médico e social, visto que o consumo de álcool é cada vez maior, devido ao fato de ser uma droga lícita, de fácil aceitação social, com alta disponibilidade e que pode aliviar a ansiedade e as tensões do dia a dia; além de ter consumo bastante divulgado nas mídias sociais que salientam seus benefícios e muitas vezes ignoram os malefícios associados ao consumo de forma irrestrita.

O consumo crônico e excessivo de álcool pode resultar em agressões ao fígado, as quais denominamos hepatite. O álcool é metabolizado nos hepatócitos gerando acetaldeído e radicais livres e são os rdaicais livres os principais responsáveis pelas lesões causadas aos hepatócitos.

Os principais fatores de risco para a hepatite alcoólica são a quantidade e duração do consumo etílico, estado de desnutrição, entre outros.

Os primeiros sintomas se manifestam após ingestão alcoólica abundante, sendo que os principais sintomas da doença são icterícia de início súbito, febre, taquicardia, anorexia, náuseas e vômitos além de ascite e hepatomegalia dolorosa.

Durante o tratamento as medidas nutricionais e de suporte são fundamentais, sendo que as principais medidas adotadas devem ser a abstinência alcoólica e a recuperação de quadros de desnutrição.

A abstinência alcoólica é obviamente obrigatória, sendo essencial para a melhora do prognóstico e das lesões hepáticas, além de evitar a progressão para o quadro de cirrose. O etilista deve ser tratado por uma equipe multidisciplinar de saúde, com cuidados, respeito e livre de preconceitos a fim de assegurar que a cessação do consumo de álcool realmente ocorra e sem intercorrências como, por exemplo, a síndrome de abstinência alcoólica ou até mesmo recaída. O portador de hepatite alcoólica pode, ainda, ser encaminhado aos Alcoólicos Anônimos (AA), entidade que em cooperação com família pode ser de grande auxilio na adesão ao tratamento.

É frequente a ocorrência de desnutrição calórico-proteica em etilistas, bem como deficiências em vitaminas e minerais, desse modo o tratamento deve priorizar a correção destas carências, o que é fundamental para um bom prognóstico do quadro de hepatite. Esta má nutrição comum no etilista crônico é causada pela baixa ingestão alimentar, além de distúrbios de absorção, perdas excessivas e necessidade nutricional aumentada. É importante frisar que embora o etanol forneça aporte calórico ao consumidor, essas calorias são consideradas “calorias vazias”, ou seja, desprovidas de valor nutricional.

O principal método de tratamento da hepatite alcoólica é também a melhor forma de prevenção: O combate ao alcoolismo. O consumo de álcool deve ocorrer com moderação, evitando, assim, os prejuízos que os excessos podem causar, pois de nada valerão os benefícios inerentes a determinadas bebidas se o consumo for feito de forma exagerada de maneira tal que cause lesões ao sistema hepático, impedindo no funcionamento normal do nosso corpo.

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