Na tarde desta quinta-feira (12), a Câmara Municipal do Rio de Janeiro iniciou a discussão e votação de dois pedidos de impeachment protocolados na Casa contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB).
A reunião em plenário só foi possível porque 17 parlamentares da oposição ao governo de Crivella assinaram requerimento para que a Casa discutisse o impedimento do prefeito.
Algumas horas depois do pedido oposicionista ser protocolado, mais 17 parlamentares aliados ao atual governo assinaram documento semelhante a fim de demonstrar união e o desejo de derrubar o impedimento de Crivella.
Os pedidos de impeachment contra Marcelo Crivella foram feitos após uma publicação do jornal O Globo revelar ter havido reunião secreta com pastores no Palácio da Cidade, sede do governo, em que o prefeito garantiu soluções para problemas com o IPTU dos templos e agilidade para cirurgias de catarata de líderes e fiéis, além de outros serviços médicos.
Em áudio obtido pelo jornal O Globo, Crivella diz: “Nós temos que aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de estar na prefeitura para esses processos andarem. Temos que dar um fim nisso”.
As duas denúncias protocoladas na Câmara do Rio que tratam de possível infração político-administrativa contra o prefeito Marcelo Crivella foram protocoladas pelo vereador Átila Alexandre Nunes (MDB) e pelo deputado estadual Marcelo Freixo, em conjunto com Isabel Silva Prado Lessa, presidente do Diretório Municipal do PSOL. As denúncias pediam a cassação do mandato do chefe do Poder Executivo da cidade do Rio de Janeiro.
Ao final da reunião, 16 vereadores haviam votado a favor do prosseguimento do processo de impeachment, contra 29 votos contrários aos pedidos. Dessa forma, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro arquivou o processo de impeachment contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB).
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