Jonas Bloch fará exposição gratuita de arte em Ouro Preto

Seus desenhos e esculturas ficarão expostas do 13 de abril a 23 de maio.

06/04/2022 às 20:01

Tempo de leitura

3 min

Em seus mais de 50 anos de carreira, Jonas Bloch foi responsável por tornar reais muitos personagens no cinema, teatro e televisão. O que pouca gente sabe é que, paralelamente à sua formação de ator, ele cursou a Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Neste momento, ele finaliza os preparativos para sua exposição “Provocações”, com desenhos e esculturas que ficarão disponíveis para visitação do dia 13 de abril a 23 de maio, na Casa Alphonsus (rua São José, 165), em Ouro Preto.

Foto: Eduardo Tropia

A última exposição de Jonas Bloch foi em Portugal, na R. Rodney Gallery. Essa outra face artística, mesmo sendo quase secreta, nunca deixou de fazer parte de sua vida. Desenhar, esculpir e pintar são coisas de seu cotidiano. O artista tem um ateliê em Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, que, em breve, será aberto ao público.

“Sempre me surpreendo com os comentários que ouço de pessoas que estão observando meus trabalhos. São sentimentos e imagens que pertencem mais ao espectador do que a mim. Isso confirma minha ideia de que a arte tem o poder de romper as barreiras do comportamento programado, os padrões culturais estabelecidos e traz as pessoas para o contato com a sua individualidade, o que há de mais íntimo e mais livre em suas vidas, isso é libertador”, diz Jonas Bloch.

Em seus desenhos, Jonas utiliza o nanquim, aquarela e o pastel. Algumas esculturas também fazem parte da exposição. Os temas dos trabalhos são variados, com algumas incursões no surrealismo, o que denota um artista em constante pesquisa, ousando viajar por outros universos.

“O meu trabalho tem sua base no inconsciente, numa tentativa gráfica de expor ideias, sensações, sentimentos, compartilhando algo que está fora do cotidiano. O pensamento conservador tem medo do novo, mas não teríamos tantos avanços na ciência, por exemplo, se não houvesse alguém que pesquisasse, questionando o que está estabelecido. A arte tem o papel de sugerir o novo, de registrar a história sob uma nova ótica”, afirma o artista.