Nem Aécio, nem Lula, nem Temer. Jovens, somos nós!

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Foi de fato um baque. Geralmente ao entrar em sala de aula, coloco o celular em modo avião por questões de foco e disciplina. Nesta quarta-feira (17), realmente esqueci e por volta das 19h40min recebi em meu aparelho duas notificações de um jornal da grande mídia – “URGENTE: Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha”; “Grampo revela que Aécio pediu R$ 2 milhões a dono da JBS”.

Quem me conhece há mais tempo sabe e não escondo de ninguém, que sou militante do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Desde o ano de 2013 – quando comecei a participar desse meio político – sempre tive o até então presidente do meu partido, Aécio Neves, como um grande exemplo de liderança e oratória (esta, impecável. Tem o dom de “prender” a atenção dos seus seguidores enquanto discursa).

Nem Aécio, nem Lula, nem Temer. Jovens, somos nós!
Imagem ilustrativa

Quanto ao atual Presidente da República, Michel Temer, muito me admira sua conduta firme, mas ao mesmo tempo serena; sua maneira clara e transparente de colocar as situações perante ao povo em se tratando das propostas de seu governo. Simplificando, admiro a maneira como Temer articula, atua e tramita como homem público para que as metas econômicas de sua equipe sejam alcançadas.

Momentaneamente muito me entristece e desanima persistir em um caminho onde diariamente recebemos notícias como estas, pois nos faz desacreditar das pessoas, do país e de nós mesmos. Reflito neste momento sobre o que muito de meus colegas já me falaram no passado: “Gabriel, não vale a pena querer seguir este caminho”; “Gabriel isso nunca vai mudar, você será apenas mais um obrigado a ceder ao sistema”; “Gabriel, não gosto nem sequer de falar de política”; “Gabriel, neste meio só tem gente ruim”, etc. Pergunto, vale a pena sonhar com a minha cidade, o meu estado e país melhores? Respondo, vale a pena!

É normal que estas situações nos deixem magoados, revoltados e descrentes de tudo, mas de forma alguma podemos deixar que estes sentimentos se perpetuem em nós, sendo que este país depende de pessoas de boa índole, bom caráter e de princípios para mudar. Dando ênfase ao que foi dito na coluna da semana passada, podemos perceber com estas notícias da quarta-feira o quanto a população está atenta e manifestando sua indignação em relação ao poder público. Isto é muito bom, mas não o suficiente.

Percebe-se muitas manifestações radicais com sentimento de raiva que não mudará em nada o rumo das questões. Sejamos pacíficos e comecemos a mudar por nós mesmos com pequenas atitudes diárias. Apontar o erro dos outros é muito fácil, mas e os nossos? Transmitamos antes o exemplo para depois cobrá-lo das pessoas, com intuito de que com estas mínimas ações possamos ser diferentes daqueles que hoje nos representam e não sermos incoerentes no modo como falamos, do modo como fazemos. Isso é questão de ética, caráter e princípios que tem de ser trabalhada, com a finalidade de no dia de amanhã, quando qualquer um de nós, jovens, estivermos representando a população possamos ter orgulho de nossa trajetória como indivíduos, para sermos verdadeiros formadores de opiniões na sociedade.

De uma coisa podemos ter certeza, o “modus operandi” da política brasileira jamais será o mesmo, após este furacão denominado Operação Lava Jato que vem devastando o mundo político e empresarial, colocando a população cada vez mais a par do que é o esquema político do nosso país.

O ex-presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, pediu em seu último discurso como chefe do executivo daquele país para que os americanos se envolvam, participem da política, pois só assim as mudanças concretas são possíveis. Sempre dando força e colocando o jovem como esperança. Então, meus caros, sejamos não somente a esperança, mas o presente revolucionário desse país, fazendo com que no dia de amanhã, quando servidores públicos, possamos nos honrar da nossa trajetória como cidadãos.

Sendo assim, podemos compreender que se a população continuar como está – conectada, atenta e participativa aos assuntos ligados ao meio político – faremos desta crise uma grande alavanca para o nosso sucesso futuro, seja a nível federal e estadual, quanto a nível municipal.

Faça a diferença, seja diferente!

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