Que presente BH merece ganhar no aniversário de 122 anos?

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Belo Horizonte, ou melhor, “Bêagá”, completou 122 anos de muita história, cultura e beleza nessa quinta-feira (12). E nesses 122 anos, a cidade planejada passou por inúmeras transformações, respirou modernidade e viu sua população crescer. Além disso, a cidade possui o maior aquário de água doce do Brasil, diversos pontos turísticos, museus e ainda é a capital dos bares, tendo a maior concentração de bares do país. Com tudo isso, será que falta alguma coisa? O que BH merece ganhar de presente nesse aniversário de 122 anos?

O Portal Mais Minas foi às ruas da capital mineira em busca de respostas, e os mineiros contaram o que gostariam que a cidade ganhasse. Temas como descentralização da cultura, infraestrutura urbana e metrô foram muito citados.

Alexandre Larcher, morador do bairro Santo Antônio, na Zona Sul, gostaria que BH ganhasse mais espaços públicos de qualidade na periferia. Para ele, é importante ter locais que possibilitem a descentralização cultura e arte, para que a periferia deixe de ser vista de uma maneira marginalizada e a população seja vista como a real “proprietária” da cidade.

Já Beatriz Lessa, moradora do bairro Santa Lúcia, diz que BH merecia metrô e transporte público de mais qualidade. Ela ressalta ainda que um metrô com mais acessibilidade possibilitaria que mais pessoas conhecessem a cidade e fossem às ruas.

Ângela Mourão, do Bairro Santa Efigênia, diz que BH mereceria ter um 2020 com muita liberdade de expressão, que a cultura não sofresse nenhum tipo de censura e que  a diversidade fosse o maior valor da cidade. “Além disso, queria que tivessem mais linhas de metrô para que as pessoas da periferia pudessem transitar da periferia pro centro e vice versa, que a cidade fosse um território de todo mundo”, conclui.

A moradora do bairro Grajaú, Tatiane Carvalho, acredita que a cidade merece que a polícia e a Guarda Municipal sejam menos violentas e respeitem a juventude preta. “A polícia daqui e a Guarda Municipal ainda tratam jovens negros como bandidos a priori, sem entender que a ler deve ser igual pra todo mundo, isso tá muito ruim, diz”. Ela finaliza ainda dizendo que BH merece uma polícia que dê conta da diversidade da cidade e de entender as travestis ,a população de rua e a gente preta.

Leandro Martins, que mora em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, acha que os espaços públicos já existentes precisam ser ocupados, pois uma parcela muito pequena da situação têm acesso à cultura,  as universidades e outros locais.

Celina Lage, que mora no Bairro São Pedro e já morou em outros dois bairros da cidade, queria também que BH desse mais espaço pra cultura e pra arte, como as manifestações dos povos indígenas. “Tem que abrir (o espaço público) para os indígenas, que expõem sua arte e artesanato, para os jovens que fazem suas festas, respeitando os artistas, as manifestações culturais e a diversidade”, diz.

Reportagem de Maic Costa e Elis Bohrer*

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