Existem muitas dúvidas sobre o ronco e a apneia do sono, afinal de contas, o ruído do ronco atrapalha muitas pessoas na hora de dormir.
O sono é fundamental para um o desempenho físico, mental e uma boa qualidade de vida do ser humano, uma vez que uma pessoa começa a apresentar os sintomas do ronco, essa qualidade de vida pode ser comprometida, pois o acúmulo de noites mal dormidas pode desencadear uma série de doenças físicas e psíquicas neste individuo.
O primeiro ponto é saber diferenciar o ronco da apneia do sono propriamente dita.
A medicina do sono é cada vez mais estudada, a Síndrome da Apneia e Hipopneia obstrutiva do sono está se tornando um assunto cada vez mais debatido por médicos nas mídias e redes sociais.
O que é o ronco?
O ronco é o barulho produzido pela passagem de ar nas vias respiratórias que estão estreitadas.
O que é apneia do sono?
A apneia do sono acontece quando a pessoa para de respirar durante o sono.
Outros dois conceitos que podem determinar a síndrome são:
– Hipopinéia, significa a redução parcial do fluxo respiratório, enquanto se está dormindo tem-se o relaxamento da musculatura, fecha-se a via respiratória parcialmente, mas sobra uma pequena passagem de ar.
– Micro-despertar ou despertar breve, trata-se de acordar rapidamente, as paradas respiratórias ou a redução do oxigênio, faz com que a pessoa acorde rapidamente, por um tempo menor do que 30 segundos, de forma que a pessoa não se lembra que isso aconteceu.
SEGUNDO O DR. HELIO BRASIELIRO:
” A FARINGE É UM TUBO DE MÚSCULO QUE DURANTE O SONO TEM QUE SE MANTER ABERTA PARA SE RESPIRAR, E DURANTE A DEGLUTIÇÃO ELA TEM QUE CONTRAIR E FECHAR PARA QUE IMPULSIONE O ALIMENTO EM DIREÇÃO AO ESÓFAGO, ACONTECE PORÉM, QUE DURANTE O SONO NÓS TEMOS O RELAXAMENTO MUSCULAR, E CONFORME VÁ SE APROFUNDANDO O SONO ESSE RELAXAMENTO VAI AUMENTANDO, ENCONTRANDO-SE ESSE MAIOR NÍVEL DE RELAXAMENTO EM UMA FASE DE SONO CHAMADO DE “SONO REM”.
O sono é dividido em duas etapas (fases)
Sono não-R.E.M. – subdivido em estágio N1 (superficial), N2 (intermediário) e N3 (profundo).
Sono R.E.M – pode ser tão superficial quanto o sono N1 ou tão profunda quanto o sono N3, porém, temos que entender que é no sono REM em que se tem uma grande atividade cerebral, e nesta atividade cerebral, o cérebro está acordado e o corpo dormindo. Conforme o sono seja mais profundo o tubo muscular vai se relaxando, e se a pessoa tem uma predisposição algum facilitador anatômico, essa obstrução será maior.
Inicialmente o fluxo de ar na via respiratória é laminar, lâmina sobre lâmina e silencioso, a partir do momento em que se vai estreitando a via respiratória, vai se dificultando a passagem aérea esse fluxo se torna turbilhonado, esse turbilhão de ar faz com que ocorra um barulho, e quanto mais estreitada a via, maior é o barulho, esse barulho produzido pela passagem e ar na via estreitada é o ronco.
Quando a via respiratória está parcialmente fechada e ocorre pouca passagem de ar, acontece a Hipopneia, que pode vir acompanhada do Ronco.
Quando a via respiratória é totalmente fechada, acontece a apneia.
O que caracteriza a apneia é a ausência do fluxo de ar, e por não haver fluxo não há barulho algum, logo, não é reproduzido nenhum ruído, nem ronco. A parada respiratória está associada a parada do ronco, porém, devido a falta de fluxo respiratório, o pulmão não é ventilado e o oxigênio não é levado para o sangue, e essa redução do teor de oxigênio no sangue chamada de “dessaturação” faz com que a pessoa acorde. Normalmente esse acordar é breve.
No momento em que a pessoa micro-desperta existe um ganho rápido e súbito do tonos muscular, a via respiratória se abre subitamente, e apessoa produz um ronco em alta intensidade, chamado “ronco ressuscitativo”, e a pessoa fica a noite inteira repetindo esse ciclo.
A repetição desse ciclo faz com que no outro dia a pessoa tenha a sensação de que não dormiu bem.
Quais são os grupos mais propensos a terem a apneia do sono?
– Pessoas que possuem índice de massa corpórea aumentado, a partir de 25% de índice de massa corpórea já é considerado risco;
– Pessoas que tem alterações anatômica, como: língua muito grande, crianças e adultos que possuem amídalas aumentadas;
– Qualquer fator que traga obstrução nasal, como: desvio de séptico, polipo nasal ou rinite alérgica;
– Alterações morfológica. como: micrognatia ou retrognatia;
– E pessoas que acordam com dor de cabeça.
A confirmação da Síndrome da apneia do sono é feita por médicos profissionais através do exame do sono, chamada “polis sonografia”, que faz o registro de vários paramentros durante o sono.
Eletroencefalograma – Ele diz se a pessoa está viva ou morta, dormindo ou acordada, e se esta dormindo em qual fase do sono se encontra.
Movimentos dos olhos: o sono R.E.M ele se caracteriza por movimentos rápidos dos olhos.
Sensores colocados no nariz e boca – permitem observar a presença ou ausência de fluxo aéreo .
Microfone – coloca-se um microfone no pescoço do paciente para ouvir os roncos.
Cintas – um toráxica e outra abdominal é possível medir o esforço respiratório.
Eletrodos – eles são colocados nas penas conseguem identificar se o paciente esta tendo movimentos específicos.
Tratamento da apneia do sono
Diagnosticada a síndrome da apneia do sono, parte-se para o tratamento, que consiste em: mudança da hábitos como a posição de dormir, reduzir a ingestão de álcool, evitar alimentos pesados, evitar o uso de medicamento tarja preta, evitar a privação do sono, enfim, os médicos oferecem diversas orientações assim como medicamentos.
Indicamos aos leitores do portal Mais Minas que se identificaram com algum (s) dos sintomas acima que procurem o auxílio de um médico.