O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aprovou a volta da produção de uma das minas da Samarco, em Minas Gerais. Atualmente a Samarco aguarda o parecer da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semad) de Minas Gerais para voltar aos trabalhos. Outros pedidos da mineradora , de licença prévia e licença de instalação da cava, estão sendo aguardados para avaliação do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) de Minas Gerais. Assim que a empresa for autorizada a retomar suas atividades na região, a cava receberá rejeitos de mineração em Mariana (MG).
Segundo o site folhaonline.es, o Copam é o último estágio para a obtenção das licenças operacionais corretivas de todo o complexo de mineração em Mariana, Minas Gerais, e o pedido de licenciamento foi protocolado junto à Semad e está em análise, mas ainda não há data prevista para conclusão.
Na última terça-feira, o Deputado Estadual Thiago Cota, de Minas Gerais, informou que a mineradora Samarco deve retomar suas atividades até julho de 2018. O deputado se mostrou otimista com o retorno da mineradora em entrevista concedida por ele e pelo procurador de Justiça Adjunto Institucional do Ministério Público de Minas Gerais, Dr. Rômulo de Carvalho Ferraz, ao jornalista Rômulo Passos, para a Rádio Mariana.
O procurador Rômulo Ferraz, que vem acompanhando o processo desde o princípio, afirmou que no próximo dia 29, o processo de deliberação entrará no Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM), em dezembro irá para votação, e que Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acompanhará toda tramitação e apresentará todas as solicitações de ajuste necessárias. Segundo o procurador, as perspectivas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), da Samarco e do MP é de que a empresa retorne as operações até julho de 2018.
Paralelo à volta das atividades da Samarco, o procurador Rômulo Ferraz lembrou que o MP vem diuturnamente trabalhando para que nenhum acordo de indenizações às vítimas e de reparo ambiental seja descumprido. Inclusive, fez coro com a fala do deputado Thiago Cota, que citou a ausência, por parte da Fundação Renova, da contratação da mão de obra e das empresas de Mariana e cidades diretamente impactadas pela barragem de Fundão. Veja mais informações sobre esta entrevista clicando aqui.
Alguns dias antes da entrevista, a mineradora Samarco havia anunciado aos sindicatos Metabase Mariana (MG) e Sindimental (ES) a necessidade de desligar 600 empregados que se encontram em lay-off até o fim de 2017.
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