O procedimento estético denominado Harmonização Facial está em alta no mercado brasileiros, sobretudo, após ser aderido por muitas celebridades. A questão preocupa a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, visto que pessoas sem credenciamento oferecem, constantemente, o serviço através das redes sociais.
Por esta razão, a SBCP regional de São Paulo decidiu alertar a todos sobre os riscos que um procedimento mal feito pode trazer para pacientes que muitas vezes são atraídos por publicações veiculadas na internet contendo imagens do famoso “antes/depois”. Segundo a Associação, publicações como estas “não atestam que o profissional é especialista e credenciado pela SBCP.
Para obter um rosto mais bonito, algumas pessoas estão dispostas a tudo, inclusive realizar um tratamento estético tão invasivo, como é a harmonização facial, com qualquer profissional que ofereça um bom preço.
Outras pessoas podem não se preocupar com o valor do procedimento, mas são cativadas pelo marketing, o maior deles, a divulgação e beleza de celebridades que já fizeram e ficaram de alguma forma mais harmonizadas.
Acontece que muitas clínicas estéticas usam fotos e vídeos de artistas que não fizeram a harmonização com os seus profissionais. Porém poucas são as pessoas que pesquisam a fundo a procedência do lugar e profissionais que vão literalmente enfiar a agulha em seus rostos.
É importante frisar que para tal realização são inseridos, ou enxertados, produtos extremamente delicados como o ácido hialurônico, toxina botulínica (“botox”) e estimuladores de colágeno.
A maior problemática quanto ao tema é interna e externa à medicina estética. Pois existem profissionais, como dentistas por exemplo, que realizam o procedimento, sem ter se especializado ou possuir autorização.
Nestes casos, uma vez que um risco se torna realidade, sendo por meio de lesões ou mesmo multiplicação de alguma área facial, o profissional pode ser localizado por meio do CRM, e então denunciado pelo paciente. O Conselho Regional de Medicina avalia a acusação, podendo, inclusive, cassar a licença para exercer a profissão.
Contudo, se o procedimento for feito por uma pessoa que sequer é profissional na área da saúde, a denúncia se complica, pois essa pessoa pode simplesmente desaparecer e não possuir registro algum, é quase impossível de ser localizado, senão por intervenção e mandado policial.
Tendo em vista que a Harmonização facial é um conjunto de técnicas e não apena suma isolada, a SBCP veiculou em seu site oficial que matérias informando sobre o exponente crescimento, por porcentagem, de Harmonizações Faciais realizadas no país são mentirosas, tendo em vista que “não existe no Censo da SBCP qualquer menção a harmonização facial”.
Contudo, o embasamento pode ser realizado a partir das métricas divulgadas no Censo de 2018, o último feito pela Associação, referente aos procedimentos “Não Cirurgicos”. Veja.
Aplicação de toxina botulínica (botox) – 95,7 %
Preenchimento Facial – 89,6 %
Suspensão com fio – 21,6%
Essas são as principais técnicas utilizadas para promover a harmonização facial. A partir do relatório podemos concluir que de fato houve um crescimento, pois os dois procedimentos que lideram o ranking, tiveram alta prática.
“É preciso muita atenção na escolha do profissional, recomendamos verificar no site: cirurgiaplastica.org.br , se o nome escolhido consta como médico credenciado”, ressalta o presidente da SBCP, José Octavio G de Freitas.
Harmonização facial – passo a passo
Embora não seja considerado uma cirurgia e sim um procedimento, a harmonização facial é delicada de fazer e receber, pois diversos fatores influenciam no resultado. Saiba como é feita.
- Análise de proporções faciais
- Pontos a serem preenchidos: mandíbula, malar, mento (queixo), nariz, lábios e supercílios
- Anestesia local ou bloqueio
- Aplicação de preenchimento (botox ou ácido hialurônico)
- Leva cerca de 30 minutos para fazer
