As Seleções Brasileiras tiveram um domingo dos sonhos, tanto no futebol feminino quanto no masculino.
Primeiro, na manhã deste domingo (09), a Seleção feminina estreou na Copa do Mundo com um grande resultado.
As meninas do Brasil fizeram 3 a 0 na seleção da Jamaica.
O destaque da partida foi a atacante Cristiane, que marcou três gols.
Principal jogadora do Brasil e seis vezes melhor do mundo, a craque Marta ficou no banco, por estar voltando de lesão.
Já no masculino, outro passeio.
A Seleção treinada por Tite fez seu último amistoso preparatório para a Copa América e goleou a seleção de Honduras. 7 a 0, com destaque para as grandes atuações de Philippe Coutinho, Richarlison e Gabriel Jesus.
A equipe brasileira estreia na Copa América na próxima sexta-feira (14). Gabriel Jesus marcou duas vezes no amistoso contra Honduras – Crédito da foto: Lucas Figueiredo/CBF Desafios maiores Apesar do bom momento, ambas as seleções nacionais não podem se acomodar.
A Jamaica, adversária do Brasil no futebol feminino é só a 53ª colocada no ranking de equipes nacionais da FIFA.
A participação das jamaicanas é também a primeira de uma seleção caribenha em mundiais.
Para se ter ideia, o Brasil, mesmo estando há um ano sem vencer até o jogo de ontem (09), ocupa a 10ª colocação no ranking.
As outras equipes no grupo do Brasil são Itália e Austrália, duas adversárias bem mais fortes.
As seleções ocupam o 15° e o 6° lugar no ranking FIFA, respectivamente.
No jogo entre as equipes, vitória italiana. 2 a 1 de virada, com direito a gol no último minuto.
Vadão e Emily Apesar da goleada, há muito o que se questionar no trabalho do técnico Vadão, comandante das meninas.
O treinador, sem o mínimo de experiência com o futebol feminino e com péssima relação com suas jogadoras está no comando da equipe não se sabe porque.
Com declarações muitas vezes machistas e errôneas inclusive no cunho geográfico, o treinador se mostra totalmente despreparado para o desafio.
Além de tudo, o último trabalho de Vadão num dos clubes de topo do futebol brasileiro foi em 2001, no São Paulo.
O técnico já havia trabalhado na Seleção Feminina entre 2014 e 2016 e após ser substituído por Emily Lima, primeira treinadora mulher da história da Seleção, voltou ao cargo já em 2017.
A sua volta foi bastante criticada, já no anúncio, vide o pouco tempo de trabalho que Emily teve à frente da equipe.
E a decisão que já era questionável, se tornou ainda mais controversa quando Vadão passou a apresentar resultados muito piores que os da antiga treinadora.
Mas mesmo após ficar um ano sem ganhar um jogo se quer, o treinador foi mantido.
Ao contrário da ex-técnica que saiu após apenas 13 jogos, dos quais foram sete vitórias, um empate e cinco derrotas.
Logo após a demissão de Emily, algumas atletas de peso, como a atacante Cristiane, se posicionaram contra o desligamento e alegaram que não defenderiam o Brasil em forma de protesto. Meninas do Brasil comemoram um dos três gols de Cristiane – Crédito da foto: FIFA/Getty Images Busca pela estabilidade A Seleção Masculina também vem de bons resultados, duas vitórias contra Catar e Honduras, mas não pode se iludir.
As duas seleções enfrentadas são infinitamente piores e incapazes de oferecer qualquer perigo ao time canarinho.
Mas na Copa América, o buraco é bem mais embaixo.
Seleções de primeira linha, com a Argentina de Messi e Agüero e o Uruguai de Suárez e Cavani, farão muito mais frente ao Brasil.
Outras equipes em ascensão, como Venezuela e Equador, também podem causar problemas.
Neymar Recheada de craques como Coutinho, Roberto Firmino e Alisson, o problema da Seleção Brasileira não chega a ser técnico, mas sim de equilíbrio.
O plantel passou por momentos de instabilidade proporcionados principalmente pelas polêmicas envolvendo o atacante Neymar, recentemente acusado de estupro.
E logo em seguida o time viu o próprio camisa 10 se lesionar e ser cortado da competição.
Por isso a Seleção terá que buscar um equilíbrio sem seu maior craque, fato que pode ser inclusive positivo, vide o momento do jogador fora de campo.
Também há de se levar em conta que sem Neymar, a Seleção consegue jogar mais coletivamente.
Quando o craque está em campo, seus companheiros procuram sempre tocar para ele, deixando assim o time “torto”.
E com um histórico de individualismo e excesso de simulações com a amarelinha, o craque acaba atrapalhando mais que ajudando.
Com o corte de Neymar, também se torna possível a melhor distribuição dos atletas em campo.
Por exemplo, Philippe Coutinho, um dos grandes nomes do time, é retirado da sua posição de origem para que o 10 jogue.
Sem o atacante em campo, Coutinho pode jogar na ponta esquerda e explorar suas principais qualidades. Philippe Coutinho é quem mais pode ser beneficiado sem Neymar em campo – Crédito da foto: Lucas Figueiredo/CBF Próximos jogos As seleções voltam à campo ainda nesta semana.
A Feminina joga na quinta-feira (13), às 13h para enfrentar a Austrália.
Já os homens estreiam na Copa América na sexta-feira (14), às 21h30, contra a Bolívia.
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