Até 1855, muitos surdos brasileiros tinham dificuldades de comunicação, à margem da sociedade, sem acesso à informação e cultura. Isso começou a mudar com a chegada de um professor de francês no Brasil, Ernest Huet (1822 – 1882). Huet era surdo e foi trazido para o Brasil a convite de D. Pedro II, em 1855, para fundar a primeira escola de surdos do país, o “Imperial Instituto dos Surdos-Mudos”, hoje “Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES)”.
Os gestos do alfabeto manual trazidos por Huet se espalharam por todo o país. Muitas pessoas com deficiência auditiva seguiram para o Rio de Janeiro para aprender e estudar a linguagem de sinais no INES.
A lei 10.436, de 24 de abril de 2002, reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras), como meio legal de comunicação e expressão. A lei foi sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
É através da Libras que os surdos vivenciam suas experiências e se comunicam com os outros grupos sociais. Vale lembrar que a língua de sinais não é universal, cada país tem a sua.
Para os interessados em aprender a Língua Brasileira de Sinais, a Universidade de São Paulo (USP), por meio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, está disponibilizando um curso gratuito a distância. De acordo com a instituição, a disciplina tem como objetivo apresentar os aspectos fundamentais da Língua de Sinais Brasileira.
Nesta oportunidade serão relacionados temas sobre a comunidade surda e as questões sociais e educacionais que a envolvem. Com a apresentação dos conteúdos pretende-se promover condições e direcionamento para que os alunos se aprofundem na temática.
O curso, totalmente gratuito, é composto por 51 videoaulas. Para assistir, acesse o e-Aulas, plataforma digital interativa da USP.