O Atlético teve uma atuação pífia na noite de quarta-feira (30), e perdeu para o vice-lanterna Chapecoense no estádio Independência. O resultado cravou o Galo na briga contra o rebaixamento, tendo apenas cinco pontos a mais que o primeiro colocado do Z-4, o Fluminense.
O que parecia ser um campeonato tranquilo para o Atlético, começa a tirar o sono do torcedor alvinegro. Após a vitória do Cruzeiro sobre o Botafogo por 2 a 0, na quinta-feira (31), o Galo vê pelo “retrovisor”o seu maior rival ainda mais próximo, e com uma incrível sequência de sete jogos sem perder no Brasileirão. Como se já não bastasse isso, o time atleticano, além do Botafogo e Fluminense, parece não demonstrar reação nesse final de campeonato e cada vez mais se candidata à possível última vaga do z-4, considerando que as outras serão de CSA, Chapecoense e Avaí.
Com apenas seis minutos de partida, o Atlético levou o primeiro gol de cabeça em uma cobrança de escanteio. Mesmo com Réver, Igor Rabello e Leonardo Silva, todos com mais de 1,95 metros de altura, o atacante Henrique Almeida subiu dentro da área atleticana para marcar.
Durante todo o primeiro tempo, o time alvinegro se mostrou inseguro na troca de passes e ineficiente, também devido às vaias e xingamentos por parte dos torcedores. Réver, atuando como volante, comprometeu a criação de jogadas, fazendo com que o esquema tático também não favorecesse ao Atlético para subir ao ataque.
No segundo tempo, o Atlético conseguiu levar o segundo gol mais rápido que no primeiro. Com quatro minutos apenas, o atacante Everaldo aproveitou o espaço dentro da área e soltou um foguete para as redes.
Com 13 minutos da segunda etapa, em um lance faltoso do lateral Dalberto da Chapecoense em Guga do Atlético, o juiz foi revisar o lance no VAR e marcou pênalti para o Galo. Entretanto, foi desperdiçado pelo atacante Franco Di Santo, que entrou no lugar de Ricardo Oliveira. E este foi o estopim para a torcida abrir cantos de “time sem vergonha” e vaiar praticamente todos os jogadores, em especial ao lateral-esquerdo Fábio Santos e o volante Elias.
O mesmo VAR atuou de novo em um gol irregular marcado por Igor Rabello. O zagueiro empurrou o adversário, conseguiu chegar na disputa aérea, a bola desviou em Otero, e o jogador do Atlético dá um chute forte que coloca a bola na rede. Mas não foi dessa vez que o jogador marca seu primeiro gol com a camisa do Galo.
Risco de rebaixamento
Conquistando apenas oito pontos nos últimos 45 disputados, o Atlético tem a segunda pior campanha do returno no Brasileirão. Juntando com a atuação pífia do time na noite de ontem, o zagueiro (ou volante) Réver não teve muito pudor para falar sobre a situação do Galo. “O alerta já está piscando. Em 15 jogos, duas vitórias? É campanha de quem está pedindo para cair. E as equipes lá de baixo estão pedindo espaço”, disse o capitão atleticano.
Na campanha atual do Atlético, somam-se 11 derrotas nas últimas 15 rodadas disputadas. Com apenas duas vitórias, o Galo marcou 12 gols e sofreu 26. A Chapecoense tem quatro vitórias no campeonato, sendo duas dela fora de casa e ambas no Horto, contra Cruzeiro e Atlético. Antes da derrota de ontem, o time mineiro também perdeu para outro catarinense com números bem baixos na Série A: o Avaí, que não tinha nenhuma vitória em casa até aquele dia.
Torcedores enfurecidos
Com a péssima atuação e o resultado de ontem, a torcida se enfureceu e mostrou desolamento perante a situação atual do time. O Atlético, que briga para não cair de divisão pela segunda vez seguida em sua história, vê seu torcedor distante da alegria nas arquibancadas.
Ainda no primeiro tempo, torcedores gritavam “burro” para o treinador Vagner Mancini, que está a apenas quatro partidas no comando do time. Inclusive, vários protestos ao atual presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, foram feitos.
FORA SETTE CÂMARA! #RenunciaSetteCâmara @camara_sette ??
? @faelluis pic.twitter.com/epuzoqAYtN
— 13GaloNews (@13GaloNews) October 30, 2019
Presença Ilustre
Nas cadeiras do Independência havia um estrangeiro na torcida pelo Atlético no jogo contra a Chapecoense. Trata-se do baterista norte-americano Mike Portnoy, da banda de metal progressivo Dream Theater. O músico era acompanhado do líder da torcida Galo Metal, “Trippa”. Junto deles estavam, Paulo Xisto, baixista do Sepultura; Edu Falaschi, vocalista da banda Almah (ex-Angra), e o ator Daniel Oliveira.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 0 X 2 CHAPECOENSE
Estádio: Independência-Belo Horizonte (MG).
Data-hora: 30 de outubro de 2019, às 19h30.
Arbitragem: Diego Pombo Lopez (BA).
Assistentes: Alessandro Álvaro Rocha de Matos e Elicarlos Franco de Oliveira (BA).
VAR: Paulo Roberto Alves Junior (PR).
Cartões Amarelos: Roberto, Henrique Almeida, Dalberto (CHA), Igor Rabello, Cazares, Otero (ATL).
Cartões Vermelhos: –
Público e renda: 19.058/ R$ 89.042,00.
Gols: Henrique Almeida, aos 5’, 1ºT(0-1), Everaldo, aos 4’-2ºT(0-2).
ATLÉTICO-MG: Cleiton; Guga, Leonardo Silva(Cazares-intervalo), Igor Rabello e Fábio Santos; Réver e Elias(Geuvânio, aos 25’-2ºT); Luan, Nathan e Otero; Ricardo Oliveira(Di Santo, aos 13’-2ºT). Técnico: Vagner Mancini.
CHAPECOENSE: Tiepo; Renato(Eduardo, aos 36’-2ºT), Douglas, Maurício Ramos(Rafael Pereira, aos 29’-2ºT) e Bruno Pacheco; Márcio Araújo e Camilo; Roberto, Dalberto(Elicarlos, aos 20’-2ºT), Henrique Almeida e Everaldo. Técnico: Marquinhos Santos.