Viver é o melhor antídoto contra qualquer problema

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O mês de setembro é conhecido pela campanha de prevenção ao suicídio, denominada “Setembro Amarelo”.

A palavra suicídio deriva-se do latim “sui caedare” e significa matar-se, ou seja, caracteriza o ato pelo qual o indivíduo provoca intencionalmente a sua própria morte; mas além do suicídio propriamente dito também existem os comportamentos suicidas que incluem os pensamentos, planos e tentativas de suicídio. A partir do momento que provoca sua própria morte o suicida não atinge apenas a si mesmo, mas a todos aqueles de sua convivência que, por conseguinte sofrerão os impactos causados pelo ato.

O suicídio é uma escolha que pode ser decorrente de um processo de estresse e/ou frustrações que pode ocorrer quando a pessoa não consegue lidar com seus conflitos internos, enxergando na morte a única solução para seus problemas. Trata-se de uma importante questão de saúde pública com diversos fatores de risco, dentre eles baixo nível de educação, desemprego, baixa autoestima, problemas familiares, traumas, tais como abuso físico e sexual, transtornos mentais como depressão e esquizofrenia, transtornos alimentares, dentre eles anorexia e bulimia, além de principalmente, histórico de tentativas de suicídio pelo próprio indivíduo, etc. Muitas vezes o ato do suicídio nem representa diretamente o desejo pela interrupção da vida, mas uma possível alternativa de cessar o sofrimento.

De modo a prevenir os casos de suicídio, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) iniciaram, no Brasil, no ano de 2014, a Campanha Setembro Amarelo e no ano seguinte, a Associação Internacional para Prevenção do Suicídio estabeleceu o dia 10 de Setembro como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Nesse ano de 2018, as campanhas são baseadas no lema “Trabalhar em conjunto para prevenir o suicídio”, e é exatamente essa união de forças a principal ferramenta de prevenção, visto que são considerados fatores de proteção o apoio da família, amigos, as crenças culturais, étnicas e religiosas, integração social por meio de trabalho e lazer, etc. Sabendo-se que doenças mentais se associam ao suicídio, o diagnóstico e tratamento precoce dessas condições podem ser decisivos na prevenção da interrupção precoce e abrupta da vida.

As estratégias de prevenção devem ser aplicadas até mesmo naquelas pessoas que não mostram tendências suicidas, focando na melhoria das relações interpessoais e auxiliando no processo de administração de emoções, de modo a favorecer a valorização da vida e o controle de impulsos autodestrutivos que podem ocorrer quando não se consegue lidar com os próprios sentimentos e conflitos existenciais. Mas acima de tudo é importante que o indivíduo com comportamentos suicidas seja convencido da necessidade de procurar ajuda, pois nenhuma luta será perdida quando se trabalha em conjunto, unindo forças para derrotar aquilo que atormenta.

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Franciele Santana | Deficiência Auditiva ou Surdez

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