Rogério Ceni vive um dilema, talvez seu primeiro no assunto, para os dois próximos jogos do Cruzeiro: poupar ou não poupar?
O time celeste, atualmente, briga contra o rebaixamento no Brasileirão e enfrenta o Vasco, um rival direto na briga contra o descenso.
Mas, na quarta-feira, joga contra o Internacional, fora de casa, na segunda partida da semifinal da Copa do Brasil.
Uma classificação à final, garantiria ao time mineiro pelo menos R$ 20 milhões de reais em premiação.
Dinheiro que seria muito bem-vindo na situação financeira atual da Raposa.
Com evidentes problemas físicos, mesmo após três semanas seguidas sem jogos na quarta, a condição de jogo dos atletas celestes preocupa.
Por isso, o assunto poupar ou não poupar passou a ser discutido nas rodas de conversa em Minas Gerais.
Os que defendem que se entre com força máxima no Brasileirão, para evitar o rebaixamento, afirmam que a prioridade tem de ser a manutenção na Série A.
Afinal, mesmo com a alta premiação da Copa do Brasil, um rebaixamento faria as receitas caírem vertiginosamente.
Alguns, inclusive, pedem que o Cruzeiro poupe atletas contra o Inter, na quarta-feira, visando a difícil sequência que se aproxima, no Campeonato Brasileiro.
Por outro lado, alguns torcedores defendem que o Cruzeiro foque na Copa do Brasil, nesse primeiro momento.
Afinal, com a chance de mais um título, o tricampeonato, mais a compensação financeira, o risco a ser corrido é válido.
Outro ponto de argumentação é que o Brasileirão ainda está nem chegou na metade.
Sendo assim, haveria tempo para uma recuperação, independentemente da partida de domingo, contra o Vasco. Dedé e Léo não jogaram o último jogo do Cruzeiro, por problemas físicos – Crédito da foto: Bruno Haddad/Cruzeiro O Inter A eliminação do Inter da Copa Libertadores, para o Flamengo, nesta quarta-feira (28), também é um argumento.
Mas, dessa vez, utilizado pelos dois lado.
Muitos acreditam que com a eliminação, a Copa do Brasil passa a ser o que resta para o Colorado no ano.
E que isso fará o time gaúcho vir com “sangue nos olhos”.
Outros já acreditam que a saída do continental mostra que o time do Sul não é esse bicho que sete cabeças e tem inúmeros defeitos.
Além de a derrota baixar a moral do clube, principalmente do jeito que foi, com dez minutos finais da partida sendo, de certa forma, humilhantes para a torcida.
Força máxima sempre Também há quem defenda que o Cruzeiro não poupe.
Para este, os resultados ruins na temporada e as três semanas sem jogos na quarta-feira criam a obrigação do time estar apto a sequência que vem pela frente.
Isso realmente parece ser o ideal.
Mas, se o time sofre na parte física, este seria um risco para o resto da temporada.
Jogadores importantes, como Léo, Dedé e Pedro Rocha, já sentiram problemas e perderam partidas, nessa nova fase celeste.
Sequência difícil O que se sabe é que o time precisa vencer, urgentemente, no Brasileirão.
Primeiro pela evidente necessidade de somar pontos.
Segundo pelo próximo rival ser um concorrente direito na luta contra o rebaixamento.
E terceiro pela sequência que vem pela frente.
O Cruzeiro enfrenta, após o Vasco, Grêmio, Palmeiras e Flamengo, pelo Brasileirão.
E mesmo envolvidos nas semis da Libertadores, o Tricolor Gaúcho e o Rubro-Negro carioca virão com time completo, provavelmente.
Os jogos do continental acontecem somente no mês de outubro.
O Alviverde Paulista, por sua vez, foi eliminado da “Liberta” e agora, pressionado, só tem o Campeonato Brasileiro para disputar.
Ou seja, mais um que não estará para brincadeiras. No empate com o CSA, no último domingo (25), o Cruzeiro sentiu a parte física no segundo tempo – Crédito da foto: Thiago Parmalat/ Lightpress/ Cruzeir Já na Copa do Brasil, outra pedreira.
Restando apenas o torneio para disputar, o Inter provavelmente virá com tudo.
E, com a vantagem do empate, o Colorado deve evocar a veia defensiva da sua equipe e dificultar muito a criação do Cruzeiro.
Jogando fora, a Raposa precisará de uma criatividade que não apareceu muitas vezes esse ano.
Mas, quem sabe, um gol no início da partida não desestabilize os gaúchos?
Bom, a decisão é toda de Rogério Ceni.
A nós, espectadores, só resta aguardar.
O Cruzeiro entra num momento decisivo e crítico, na temporada.
Portanto, para sair fortalecido deste, é preciso de talento, inteligência e uma pitada de sorte.
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