Nesta terça-feira, a mineradora Anglo American publicou uma nota à imprensa informando que suas operações ficarão paralisadas aproximadamente por 60 dias em função dos processos de inspeção que precisam ser realizados.
O QUE HOUVE?
No site da mineradora, em outra nota oficial, a empresa explica os motivos que levaram à decisão de parar as atividades:
Do dia 12 ao dia 27 de março a operação do Minas-Rio foi suspensa. Na noite do dia 27 de março, a empresa iniciou a retomada das operações, com a autorização do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), após conclusão da análise da documentação apresentada, que evidencia o cumprimento de uma série de ações de resposta ao incidente.
No dia 29 de março de 2018, por volta das 18h55, foi identificado outro vazamento no mineroduto, próximo à Estação de Bombas 2, também em Santo Antônio do Grama. A operação foi, então, imediatamente paralisada. Este vazamento, de 174 toneladas, durou aproximadamente cinco minutos e foi estancado logo em seguida. Não houve feridos. O material vazado atingiu o ribeirão Santo Antônio do Grama, o mesmo que havia sido envolvido no incidente do dia 12 de março. O abastecimento de água no município se manteve normalmente, por meio da adutora construída pela empresa, que capta água em outro ribeirão, o Salgado.”
Trabalhadores da Anglo American em férias coletivas
Na nota de hoje, a Anglo American publicou que vai dar férias coletivas para parte do pessoal que trabalha na mina, usina e planta de filtragem por 30 dias, a se iniciar em 17 de abril. Para o período subsequente, vai conversar com o sindicato e autoridades para definir as alternativas que sejam mais adequadas para seus empregados.
A Anglo American estima (até o momento) em R$ 60 milhões o custo total das ações de reparação e recuperação operacionais, econômicas e socioambientais decorrentes dos incidentes com o mineroduto em Santo Antônio do Grama (MG).
Ainda segundo à nota, o trabalho de limpeza do córrego Santo Antônio, que foi impactado, envolve cerca de 200 pessoas e as causas do vazamento serão investigadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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