Depois da chuva vem o que? Falta de água e até enchentes. Culpa das Queimadas

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Vimos neste fim de semana (27 a 29-10) o início propriamente dito do período de chuvas em nossa região. Até que enfim, diriam muitos, haja vista a confusão que foi o período de seca com racionamento de água nos municípios de Ouro Preto, Itabirito e Mariana.

O que muitos não contavam, entretanto, era com o maior vilão da nossa região. Engana-se que pensa que sejam os maus políticos, os gestores incompetentes ou até mesmo as empresas que nos exploram e pouco deixam de retorno. Causa muito mais prejuízo a falta de consciência. No caso dos exemplos que coloco, por conta de eleger sujeitos, em geral, incompetentes, mas no caso de nossos recursos hídricos, pelas queimadas desenfreadas.

Nos últimos três meses, nossa região ardeu em chamas, foi difícil achar a semana onde não havia incêndio descontrolado. Além dos problemas respiratórios típicos da fuligem, da destruição gratuita de nossa fauna e flora, agora vem o prejuízo pós-fogo.

No pós-fogo, o primeiro problema é o que acabamos de presenciar: falta de água por entupimento oriundo das cinzas que descem para as estações de tratamento (ETAs) ou ainda por contaminarem literalmente os recursos hídricos com restos de madeira ou entulho oriundo dos incêndios. Até a natureza conseguir se recuperar minimamente de tanta queima insensata, este risco estará presente sempre que chover por nossas bandas.

O segundo problema do pós-fogo ainda está por vir. Se chover de fato o montante que está previsto pelos meteorologistas, iremos presenciar enchentes nas partes mais baixas das cidades (como na Barra e Pilar em Ouro Preto), em especial próximos aos rios e riachos (como no caso das residências próximas ao Ribeirão do Carmo em Mariana), que correm risco de transbordarem haja vista o aumento de seu volume hídrico esperado.

Mas o que o fogo tem a ver com enchentes? É bem simples, como as queimadas irresponsáveis destruíram parte importante da vegetação de nossa região, quando a tempestade precipita, ela não encontra uma camada de árvores e plantas que absorvam seu impacto de queda, nem tampouco vegetais que absorvam parte da chuva que cai, o resultado disso é um volume maior de água nos corpos hídricos e aumento de erosões e assoreamentos graças ao solo nu. Ou seja: por fogo no mato pode causar enchente e destruir o solo.

Cabe agora torcer para que as previsões de chuva não se concretizem e que os bombeiros e Defesa Civil sejam capazes de ajudar aqueles que por ventura precisem, pois a irresponsabilidade de alguns pode fazer com que muitos inocentes paguem a conta da falta de consciência ambiental.

Até a próxima.

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