O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) se pronunciou, mais uma vez em suas redes sociais, em uma transmissão ao vivo para trazer esclarecimentos sobre as medidas tomadas pelo chefe do Poder Executivo da capital mineira quanto a precaução com o novo coronavírus. Ainda na última quarta-feira (18), Kalil manifestou que o governador Romeu Zema pediu para que recuasse nas providências preventivas e que iria à público trazer novas informações.
Em resposta ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, Kalil disse que o fechamento de estabelecimentos não é uma medida populista, e sim uma medida emergencial a ser tomada. “Eu não preciso de palanque, preciso de um governador que tenha palavra”, afirmou o prefeito de Belo Horizonte.
E ainda, Alexandre Kalil fez duras críticas às recentes ações tidas pelo Governo de Minas Gerais. “Hoje eu entendo o pandemônio que foi feito na Assembleia, o pandemônio que foi feito nas duas únicas instituições que funcionam em Minas Gerais, que é a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. O senhor não tem palavra”, disse o prefeito
O prefeito disse ainda que Zema precisa ver como os governadores de outros estados estão fazendo e que lhe precisa maturidade para tomar determinadas medidas. “Sobre decreto, a declaração (do governador) é desconectada, quase infantil. Haja vista os decretos dos governadores que têm coragem, como o de Goiás, o do Rio de Janeiro, o de São Paulo. (Zema é) o único que não fez nada até agora, como não fez na chuva, quando colocou polícia e bombeiro pra arrastarem na lama, e nem material esse povo tem”, destacou.
As duras críticas ao governador Zema não param por aí, Kalil ainda criticou o reajuste feito para a Polícia Militar, que foi algo mal visto também por outros poderes de outros estados. “Além de fazer aquela baderna que fez com o reajuste da Polícia Militar. Repito: não preciso de palanque. Preciso de governador que tenha palavra, o que o senhor não tem. E um pouquinho mais de coragem. Isso não é populismo. Tirar emprego nao é populismo. Fechar estabelecimento não é populismo. É coragem pra fazer o que tem que ser feito”, completou Kalil.
E ainda, o prefeito da capital mineira reclamou quanto aos recursos prometidos pelo governo estadual para as obras de recuperação dos estragos causados pelas enchentes que, desde o final de janeiro, não chegaram.
“(Zema) estava muito bonito no avião do presidente, deu volta de helicóptero… Quero avisar para a população de Belo Horizonte que, do R$ 1 bilhão que foi prometido, só entrou quase R$ 7 milhões”, disse o prefeito, dizendo que a reconstrução da cidade custará muito mais: R$ 200 milhões. “Mas temos como fazer e vamos fazer”, disse.
Kalil decreta fechamento de todos estabelecimentos
O prefeito de Belo Horizonte decretou da suspensão das atividades com potencial de aglomeração de pessoas, como bares, restaurantes e shopping centers. O decreto foi publicado em uma edição especial do Diário Oficial do Município, que estabelece a suspensão de vários comércios da capital mineira. Essa ação faz parte das medidas preventivas do coronavírus, já que a cidade tem dez casos confirmados da doença e 266 casos suspeitos da doença.
Além dos lugares já especificados, os estabelecimentos que serão fechado são casas de shows e espetáculos de qualquer natureza; boates, danceterias, salões de dança, casas de festas e eventos; feiras, exposições, congressos e seminários; shopping centers, centros de comércio e galerias de lojas; cinemas e teatros; clubes de serviço e de lazer; academia, centro de ginástica e estabelecimentos de condicionamento físico; clínicas de estética e salões de beleza; parques de diversão e parques temáticos; bares, restaurantes e lanchonetes.