Ouro Preto segue tendo problemas com as fortes chuvas. De acordo com a Defesa Social Municipal, mais de 394 ocorrências foram atendidas desde o dia 31 de dezembro. Na sexta-feira, 7 de janeiro, quatro famílias foram removidas no bairro São Cristóvão por estarem em áreas de risco. Ao todo, 44 pessoas estão desalojadas na cidade, mas não há desabrigados.
Ainda de acordo com a Defesa Social, os pontos mais afetados pelas chuvas são os da serra de Ouro Preto, que compreende desde o bairro São Cristóvão até o Bairro Taquaral. Porém, em primeira vista, não há risco imediato agravado ou diferenciado no centro histórico, embora o alto índice pluviométrico deixe as autoridades em alerta. O ponto crítico mais próximo da área central é o da Rua Padre Rolim, que tem uma conformação geológica com grande infiltração.
O número de pontos críticos estipulados, de acordo com o levantamento mais recente (2012), é de 313. A Defesa Social de Ouro Preto salienta que estão em alerta máximo em função do alto índice pluviométrico, que ultrapassou a média histórica para o período. No mês de dezembro choveu 413mm e só nos cinco primeiros dias de janeiro já foram alcançados 33% da média estipulada para o mês. Assim, o alerta meteorológico da Defesa Civil Municipal vai até o final do período chuvoso.
Há um Plano Municipal de Redução de Riscos que está em fase de elaboração pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e Defesa Civil Municipal. Os dados já foram coletados e será emitido um relatório. Porém, outra fase do processo é a formação de atores envolvidos no risco e, por fim, a especificação dos riscos propriamente dita.
Outras cidades também estão sofrendo com as fortes chuvas e com o alerta ligado. Em Congonhas, há 55,3 km de Ouro Preto, há alagamento e risco de deslizamento.
Desabamento de Casarão
Parte do Casarão do Vira Saia, localizado no Bairro Antônio Dias, em Ouro Preto, desabou na tarde de sexta-feira. O imóvel estava escorado, mas com a forte chuva, parte da estrutura cedeu.
Veja imagens:
Neste mês de janeiro, a Prefeitura de Ouro Preto desapropriou o Casarão Vira Saia, que foi construído no século XVIII, em virtude de problemas estruturais e risco de desabamento. O imóvel está escorado desde 2015, custeado pela administração municipal, seguindo determinação da Justiça. A iniciativa da desapropriação foi tomada em conjunto pelas Secretarias de Cultura e Patrimônio e da Secretaria de Educação.