A CoronaVac, vacina que pode imunizar contra o novo coronavírus chegou no Brasil na última segunda-feira (20). A primeira dose foi aplicada hoje (21) em uma médica que faz parte do quadro de profissionais do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo.
O primeiro lote da vacina, que foi desenvolvida na China, contém 20 mil doses. Elas foram entregues ao Instituto Butantan, em São Paulo, de onde será distribuída para 12 centros de pesquisas que se localizam em seis estados brasileiros, são eles: Minas Gerais, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná.
Em Minas Gerais, o teste será realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), localizada em Belo Horizonte.
A expectativa é que 9 mil voluntários recebam os testes. Todas essas pessoas serão monitoradas durante três meses por um corpo científico. Para concluir o teste, metade dos voluntários receberão duas doses da vacina, uma 14 dias após a primeira. A outra metade receberá um placebo (substância sem efeito), para que seja observado posteriormente se quem tomou a vacina ficou de fato protegido em comparação a quem tomou o placebo.
As pessoas selecionadas para participar dos testes cumpriram os seguintes requisitos: não ter sido infectado com Covid-19, ser profissional de saúde e não estar grávida, no caso de mulheres.
No Brasil, os testes são fruto da parceria entre a farmacêutica Sinovac Life Science e o Instituto Butantan.
“Ao longo dos próximos três meses, os voluntários serão acompanhados por uma equipe científica, com acompanhamento inclusive de supervisores internacionais dado ao fato de que essa é uma das mais avançadas vacinas do mundo que entra na sua terceira fase de testes, já tendo superado as fases 1 e 2 com grande sucesso”, disse o Governador de São Paulo, João Doria, ao acompanhar a aplicação da primeira dose.
A CoronaVac foi aprovada para teste pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), no dia 3 de julho e essa é a terceira fase de testes da vacina. As duas primeiras fases foram realizadas da China. De acordo com Ricardo Palácios, Diretor Médico do Instituto Butantan, nos testes anteriores, mais de 90% das pessoas que receberam as duas doses da vacina “criaram anticorpos que são capazes de neutralizar o novo coronavírus”.
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