Após a revolução industrial e a consequente expansão da produção, ocorreu um grande aumento de emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, causando o fenômeno conhecido como aquecimento global.
O planeta já aqueceu 1,1°C desde a revolução industrial, e muito disso se deve à ação humana. Além do dióxido de carbono (CO2), que é o principal causador do efeito estufa, o gás metano tem papel bastante relevante, sendo ele um gás emitido principalmente na agropecuária.
A produção de carne bovina é responsável por uma grande emissão de metano, um gás com uma potência muitas vezes maior que o CO2 para o aquecimento global. Sendo assim, a agricultura sustentável, combinada com mudanças na dieta, pode compatibilizar a produção de alimentos saudáveis com o combate às mudanças climáticas.
Segundo um artigo, publicado na revista Nature Climate Change, manter os padrões alimentares atuais levará o planeta além do limite de 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais. Descobriu-se que a maior parte das emissões de gases de efeito estufa vem das carnes de animais como bovinos, ovinos e caprinos; dos laticínios e do arroz, sendo que a carne é o alimento que mais contribui para o aquecimento global, com 33%.
Ainda é possível alcançarmos um cenário seguro para um futuro sustentável e saudável para a nossa população e o nosso planeta, mas isso exige esforços enormes para a diminuição da emissão e o aumento do sequestro de gases de efeito estufa da atmosfera. Para tanto, é necessário que se adote medidas como a redução do desperdício, diminuição no consumo de carne vermelha e melhores práticas agrícolas, atitudes estas que além de preservar a saúde ambiental, também nos garante melhor qualidade de vida.