A pele é o maior órgão do corpo humano, responsável pela separação entre o meio externo e interno, o que a torna fundamental na proteção contra agressões externas e na regulação da temperatura corporal, tendo, também, funções sensoriais, imunológicas e bioquímicas.
Além das funções biológicas, a pele assume papel fundamental na aparência física, sendo fortemente associada à percepção da idade e da beleza dos indivíduos, o que a transforma num alvo de grande atenção, principalmente por parte das mulheres.
A alimentação contribui para que as necessidades da pele sejam satisfeitas, ao passo que fornece micronutrientes e outros compostos responsáveis por garantir diversas ações, como proteção contra a radiação UV, cicatrização, síntese de melanina, regulação do crescimento e diferenciação celulares, resposta anti-inflamatória, manutenção da impermeabilidade e no antienvelhecimento.
Mesmo no curto prazo, aquilo que comemos reflete na qualidade da pele, desse modo, uma alimentação de qualidade, rica em antioxidantes e com ingestão hídrica adequada, pode evitar alguns problema de pele, como a acne e flacidez, e combater o surgimento de rugas. Do mesmo modo, uma alimentação de má qualidade refletirá negativamente, causando ressecamento, perda de elasticidade e viço da pele. O excesso de sal, por exemplo, favorece a retenção de líquidos, inchaço e inflamação de células da pele, além de evidenciar a celulite. O álcool causa desidratação, provoca perda da umidade, ressecamentos, rachaduras e fissuras; já o açúcar prejudica o bom funcionamento das células responsáveis pela elasticidade e firmeza da pele.
Outro item que merece atenção consiste nos radicais livres, que são moléculas produzidas no processo de se converter nutrientes em energia; no entanto, o excesso deles pode causar o que se chama de estresse oxidativo, que causa o envelhecimento das células. As consequências disso vão desde manchas e envelhecimento precoce da pele, até o desenvolvimento de células cancerígenas.
O estresse diário, a poluição, álcool e raios ultravioleta, o fumo ou exposição à fumaça, contribuem para a produção de radicais livres, os quais podem ser combatidos principalmente pelo consumo de antioxidantes; por isso, é importante incentivar o consumo de alimentos ricos em vitaminas A, E, C e D, carotenóides, selênio, cobre, zinco, magnésio, ômega 3 e 6 e polifenóis, os quais, simplificando, podem ser adquiridos por meio do consumo regular de frutas, legumes, cereais integrais, peixes marinhos de águas frias, etc. Os alimentos industrializados em geral contém substâncias que produzem radicais livres em excesso, por isso devem ser evitados.
É importante lembrar que não adianta utilizar de cremes caríssimos e renomados para garantir uma pele saudável e hidratada, se a ingestão de água não for suficiente e a alimentação for inadequada, com excessos de produtos industrializados e pobre em nutrientes. Uma pele bonita reflete um organismo bem nutrido, sendo assim, a nossa principal preocupação deve ser proporcionar os nutrientes essenciais para o funcionamento normal do nosso corpo e assim garantir saúde em todos os âmbitos.