O que o Cruzeiro precisa fazer para escapar do rebaixamento?

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Quatro vitórias em 25 jogos, 22 pontos ganhos em 75 disputados, aproveitamento de 29,3% e há oito jogos sem vencer no Brasileirão. Está é a situação do Cruzeiro na Série A. Muitas pessoas já dão o time como rebaixado e matemáticos calculam em mais de 70% as chances do time mineiro cair para a segunda divisão. Mas, o que há de ruim, estamos cansados de saber. A pergunta que fica é: o que a Raposa precisa fazer para escapar do rebaixamento?

Bom, essa é uma pergunta um pouco difícil de responder. Afinal, o Cruzeiro parece um barco a deriva. Trocas de treinador, de esquema, de peças, tudo já foi feito, mas nada parece dar certo. E há de se levar em conta o principal fator: o time é ruim. Sim, temos bons valores, temos medalhões, jovens promissores e temos ex-craques. Mas o desbalanceamento do elenco, a falta de opções e o declínio técnico dos atletas, acaba transformando a equipe celeste num amontoado de jogadores que é incapaz de vencer times com orçamentos dez vezes menores.

Vitórias

E talvez seja esse o principal ponto de mudança para que o Cruzeiro se livre da Série B: o time precisa vencer. Mas calma. Antes que me chamem de capitão óbvio, posso explicar. A questão dos resultados do Cruzeiro vem se sobressaindo ao simples conceito de vitórias e derrotas. A equipe mineira, literalmente, não consegue triunfar. Parece que há um bloqueio, que pode ser psicológico, inclusive, nos jogadores, que os impedem de conquistar bons resultados.

Com Mano Menezes e Rogério Ceni, o time celeste já se recusava a vencer. Mas na era Abel Braga, a incompetência/azar parece rir na cara do cruzeirense e tirar o sabor da vitória dos lábios do torcedor. Contra o Goiás, um impedimento milimétrico de David, lá no início da jogada, ainda no 0 a 0, acabou sendo visto pelo VAR, que anulou o gol que saiu no prosseguimento da rodada. Ao enfrentar o Inter, um jogo comum de Cruzeiro, em 2019.

Contra o Fluminense, domínio celeste, chances incríveis perdidas, e um gol anulado de forma incrível, após, durante uma queda, Robinho acabar acertando o rosto do adversário, involuntariamente, no início da jogada. No jogo onde enfrentou a Chapecoense, ontem (13), enfim a bola balançou as redes, ainda no início do jogo. O que parecia se configurar num resultado tranquilo contra o lanterna da competição, se tornou um suplício. O Cruzeiro chegou a mandar uma bola na trave, com David, esta cruzar toda frente do gol e sair. Outros gols incríveis foram perdidos. E, aos 50 minutos, gol de empate da Chape. A incredulidade se tornou esperança, após o VAR avisar que analisava o lance. Após mais de cinco minutos de revisão, que mostra o quão milimétrico foi o lance, gol validado. A reação de Dedé diz tudo:

A coisa é tão bizarra que não há diferença visível entre o lance que resultou na anulação do gol do Cruzeiro, contra o Goiás, e na validação do marcado pela Chapecoense, ontem. Aliás, a diferença é que era o Cruzeiro e nada neste momento parece dar certo.

Portanto, o principal desafio do time mineiro, hoje, é voltar a vencer. É conseguir superar todas essas situações que, quase que de forma sobrenatural, impedem que três pontos sejam somados após cada jogo. Quebrando essa “maldição”, as chances de vencer o Z4 aumentam. O Cruzeiro precisa vencer. E esse é o problema.

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