Onze discos recentes do rap nacional pra ouvir na quarentena

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No período de isolamento social, incentivado para o combate ao coronavírus, as pessoas estão ficando em casa e precisando o ocupar seu tempo com diversas atividades. Por isso eu resolvi listar aqui na coluna onze discos do rap nacional para você ouvir durante esse período. São álbuns, mixtapes ou EP’s lançados nos últimos meses e que merecem muito a sua atenção. Confira:

WillsBife: Febre Amarela

– 14 faixas 

– Destaques: Uze, Desejos e Strip

WillsBife é um dos principais produtores do rap nacional. Colaborando com artistas como Flora Matos e Dnasty, o beatmaker lançou em fevereiro o seu primeiro disco. Trazendo 14 faixas e um time impecável de artistas, Febre Amarela já foi comentado aqui na coluna. O destaque da obra fica para a união de promessas do rap nacional com os verdadeiros medalhões da cena, além da diversa de estilos e batidas aplicados no projeto.

Lucas Boombeat: Nem Tudo é Close 

– 10 faixas 

– Destaques: Prettygosa, Melhor Assim e Não É Love Song

Álbum de estreia de Lucas, Nem Tudo é Close já se firmou como um dos melhores lançamentos de 2020. O disco fala sobre sentimentos, vivência e as diversas facetas da vida do artista, desde sua luta e empoderamento LGBT+, relacionamentos, autoestima e mais. O projeto consegue ser ao mesmo tempo melódico, debochado, romântico e crítico quando precisa ser. Foi um dos destaques de março.

Marcola: Yat

– 8 faixas 

– Destaques: Arapuca e Apóstolos

Natural da Bahia, Marcola é um dos grandes nomes do rap no estado, que vem revelando grandes artistas nos últimos anos. Yat é um disco pouco conhecido e que foi lançado em agosto de 2019, trazendo oito faixas. Esse não é o primeiro trabalho do rapper, que já vem soltando trampos na pista desde 2016. Misturando trap e boombap, esse projeto é conceitual mas também traz músicas músicas que poderiam ser facilmente hits, como “Arapuca”.

Febem, Fleezus, Cesrv: Brime!

– 6 faixas 

– Destaques: Soho e Ying Yang

Fleezus e Febem são dois dos principais divulgadores do brime no Brasil. O estilo britânico é uma verdadeira tendência mundial e tem crescido muito em nosso país. Os dois artistas se uniram ao talentoso produtor Cesrv e lançaram o EP Brime! em março. Contando com seis faixas e a participação dos rappers Jevon e Teeboi, do Reino Unido, esse trabalho vem sendo extremamente aclamado pelos fãs do trio. Um prato cheio para os fãs do estilo, que traz influência de diversos gêneros musicais, além do rap.

Sampa: Íris

– 10 faixas 

– Destaques: Walk-Talk, Citradelic e Diamantes & Champanhe

Membro do finado grupo Um Barril de Rap, Sampa lançou em outubro o seu novo disco, intitulado Íris. Excelente pedida para os fãs do antigo UBR, o álbum traz uma nova versão de Sampa, cpm os elementos o consagraram no grupo, mas cantando em batidas de trap. O trabalho ainda conta com a participação dos rappers Menestrel e Santzu.

Luiz Lins: Luiz Lins Ao Vivo na Usina Sonora

– 6 faixas 

– Destaques: Airsoft/Aleluia e Cama Vazia

Extremamente talentoso, Luiz Lins é um dos grandes nome do R&B no Brasil. Nesse trabalho ao vivo, o artista pernambucano traz novas versões de suas principais músicas, como “Saudade” e “Eu Tô Bem”, além de músicas inéditas como “Cama Vazia” e “Airsoft”. Esse EP é um bom aperitivo para o álbum que o artista está trabalhando e que deve ser lançado nos próximos meses.

Drik Barbosa: Drik Barbosa

– 11 faixas 

– Destaques: Rosas, Tentação e Quem Tem Joga

Trazendo seu nome no título, esse é o álbum de estreia da rapper Drik Barbosa. Com longa estrada no rap nacional, a artista já participou de grandes projetos como o “Rimas e Melodias” e “Poetas e Poetisas no Topo”. O disco que une elementos do rap com o pop, é à porta de entrada da artista no mainstream. Além do talento da rapper paulista, esse trabalho também traz grandes nomes da música nacional para cantarem junto com ela. No trapfunk “Quem Tem Joga” ela é acompanhada de Gloria Groove e Karol Conká, e em “Luz” ela divide as batidas com Rael e Emicida.

Edi Rock: Origens

– 14 faixas

– Destaques: Fechamento, Corre Neguin e De Onde Eu Venho

Colosso do rap nacional, Edi Rock, além de sua grande história com o Racionais MC’s, tem trilhado nos últimos anos sua carreira solo. Em 2014 ele lançou seu primeiro álbum, intitulado Contra Nós Ninguém Será, e em agosto de 2019 ele lança seu novo trabalho, chamado Origens. Com participações do rap, pop, samba, funk e sertanejo, o disco conta com 14 faixas. Esse trabalho mostra muito do que é o Edi Rock e a forma como ele vê a música, livre de preconceitos. Em outubro eu o entrevistei para a primeira edição da nossa coluna, confira aqui. Na matéria nós falamos sobre esse lançamento e também sobre os 30 anos do Racionais, além do reconhecimento acadêmico que o grupo teve pela Unicamp.

Karol de Souza: Grande!

– 9 faixas 

– Destaques: Rajada, Fé pra Tudo e Me Deixa Viver

Há muito tempo na cena, Karol de Souza é outra que já estampou sua cara nos principais projetos do rap nacional. Além de integrar o “Rimas e Melodias”, já participou do “Rap Box” e do “Poetisas no Topo”. Composto predominantemente por músicas inéditas, Grande! também traz um remix da aclamada faixa “Rajada”, que tinha Dfideliz participando na original e agora vem em uma nova roupagem, trazendo o feat da lendária Stefanie. Veterana na cena, Karol aborda nesse disco a sua trajetória no rap, quebra do padrão de beleza, autoestima e identidade racial.

Attlanta: Futuro

– 8 faixas 

– Destaques: Flash Filme e Não Perde o Time

Talentosa beatmaker, Attlanta chega na cena com Futuro, sua primeira mixtape. Reunindo um excelente time de participações, a artista une o trap e o R&B em oito faixas. Destaque para às participações femininas, que tomaram o projeto de assalto em faixas como “Flash Filme”, “Não Perde o Time” e “Sororidade”. Foi um dos lançamentos destacados em nossa matéria sobre os discos de março. Confira aqui.

Amiri: O.N.F.K.

– 10 faixas 

– Destaques: Não Mete O Louco (O Rei) e Um Dia de Injúria / Pantera Preta

Lançado em novembro, e já comentado aqui na coluna, O.N.F.K. é o primeiro disco de Amiri. O rapper ficou conhecido por seu imenso talento mas também pelo grande hiato que existia entre os lançamentos de suas músicas. Para muitos ouvintes do rap nacional, esse disco é um sonho de anos. Acredito que para o próprio Amiri também. Dono de uma lírica fora do comum, o rapper é um dos artistas que todos devem conhecer. 

Rima em Prosa é a coluna de rap do Mais Minas. Especializada no gênero musical que tem crescido cada vez mais, ela traz entrevistas com os principais nomes do meio, além de matérias e listas sobre. Para ficar por dentro dos lançamentos do mês passado, clique aqui. Confira também a nossa última entrevista:

Rima em Prosa #10: Em entrevista exclusiva, Loc Dog fala sobre polêmicas, Planeta Brasil, novo álbum e irmandade no rap

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