O câncer ósseo representa o sexto grupo de câncer mais frequente no mundo1. Quando o câncer começa no tecido ósseo ele é chamado de câncer primário do osso e quando ele se inicia em outro órgão e posteriormente atinge os ossos, por meio da corrente sanguínea, trata-se de um câncer metastático para o osso.
Existem vários tipos de câncer ósseo, sendo que os três mais comuns em ordem decrescente são o Osteossarcoma (câncer ósseo primário que se inicia nas células ósseas), o Condrossarcoma (câncer que se desenvolve nas células que formam a cartilagem) e o Sarcoma de Ewing (A maioria dos tumores se desenvolve nos ossos, mas podem se iniciar em outros órgãos e tecidos). Existem outros tipos de cânceres que se desenvolvem nos ossos, porém não se iniciam nas células ósseas nem são tratados como tumores ósseos primários; são eles: Linfoma não Hodgkin que geralmente se desenvolve nos gânglios linfáticos, contudo, algumas vezes se inicia no osso; e o Mieloma Múltiplo que quase sempre se desenvolve nos ossos, mas é um tumor que começa nas células plasmáticas da medula óssea.
O principal sintoma do câncer nos ossos é a dor que com o tempo tende a piorar, porém em alguns casos a dor pode ser tão sutil que o paciente passe meses sem se consultar com um médico. Além da dor profunda e contínua outros sintomas podem estar presentes, dentre eles inchaço na área afetada, enfraquecimento dos ossos com aumento significativo do risco de fratura, em alguns casos pode ser sentida a presença de nódulo na área afetada.
As causas dos tumores ósseos primários são desconhecidas, dessa forma não pode-se citar medidas de prevenção, porém recomenda-se que as pessoas que tem casos na família mantenham um acompanhamento médico mais estrito, a fim de rastrear lesões suspeitas ainda no começo. Do mesmo modo as pessoas que já tiveram câncer em algum outro órgão devem fazer consultas e exames de rotina conforme tempo estipulado pelo oncologista a fim de evitar o surgimento de novos focos bem como detectar qualquer alteração ainda no estágio inicial, o que facilita o tratamento e proporciona melhor prognóstico.
Mesmo o câncer ósseo sendo um tipo pouco comentado deve-se atentar para essa neoplasia, visto que, assim como qualquer outro tipo de câncer , os tumores ósseos têm maior chance de cura quanto mais precoce for realizado o seu diagnóstico e tratamento. O diagnóstico precoce é fundamental para a cura e para evitar que o tratamento seja mutilante. Desse modo é importante procurar um auxilio médico quando uma criança se queixar de dor, por uma ou duas semanas, principalmente na região do joelho. A principal forma de prevenção é a atenção ao menor dos sintomas a fim de possibilitar o diagnóstico precoce e consequente tratamento em tempo hábil.
Referencia
- LIMA, Jaime de Queiroz; FALK, James Anthony; LEITO, Carlos Roberto Carvalho. Câncer ósseo infantil. 2001.
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