A pipoca é um alimento rico em carboidratos e fibras, que ajudam a manter o sistema digestivo saudável. A presença de fibras pode, ainda, ajudar no controle dos níveis de colesterol. Além disso, as boas quantidades de compostos antioxidantes auxiliam no combate aos radicais livres.
Quando se fala sobre o consumo de pipoca, logo se questiona se estamos falando da comum de panela ou da de micro-ondas. Mas, afinal, qual a diferença entre elas?
A pipoca de micro-ondas é muito mais prática e rápida de se fazer, no entanto esse tipo de pipoca possui quantidades excessivas de sódio e gorduras, além disso, para a sua produção ocorre adição de substâncias sintéticas para conferir sabor ou mesmo para preparar uma embalagem que suporte altas temperaturas.
As embalagens de pipoca para micro-ondas, assim como a maioria das comidas industrializadas prontas para consumo, são especiais para impedir a absorção de água e gordura, para tanto, utiliza-se agentes que atuam como impermeabilizantes, como por exemplo, os agentes perfluorados, que são considerados poluentes orgânicos persistentes e podem ficar no ambiente por muito tempo até serem degradados. No ano de 2005, a Agência de Proteção ao Meio Ambiente (EPA) dos Estados Unidos classificou os perfluorados de longa cadeia carbônica como provavelmente carcinogênicos para humanos.
Outro problema importante é a gordura adicionada na maioria das pipocas de micro-ondas, que atende pelo nome de olestra. Esse tipo de gordura não possui calorias e é usado para substituir totalmente a gordura tradicional e conferir maior palatabilidade. Ela é adicionada aos salgadinhos prontos para consumo, ou que necessitam de aquecimento, como é o caso da pipoca de micro-ondas. A ingestão da olestra está relacionada à redução da absorção de vitaminas e carotenoides presentes nos alimentos o que pode resultar numa deficiência nutricional. Por ser uma gordura com moléculas que nosso organismo não consegue digerir, seu consumo pode acarretar sintomas gastrointestinais como cólicas e diarreia.
No Brasil, é obrigatória a indicação da existência da gordura olestra em alimentos. Caso, esporadicamente, você não resista a uma pipoca de micro-ondas, opte por marcas que não utilizam esse tipo de gordura.
Outro ponto a se considerar é que os sabores encontrados nas pipocas de micro-ondas são obtidos por meio de aromatizantes, sendo que o mais comum é conhecido como diacetil. A inalação frequente de diacetil está relacionada ao desencadeamento de doenças respiratórias como bronquite e asma, além de existirem estudos que associam o consumo de produtos com diacetil ao desenvolvimento da doença degenerativa Alzheimer.
A melhor alternativa é recorrer ao milho de pipoca convencional estourado na panela, além de tentar usar poucas quantidades de óleo e sal. Evitando o consumo de pipoca industrializada você evita o consumo de olestra, diacetil, gordura trans, bem como de excesso de sódio. O que caracteriza uma opção mais saudável tanto pra você quanto para o meio ambiente.