Congonhas: mãe relata que filho sofreu preconceito em escola por ter cabelo longo

por Rodolpho Bohrer

A dona de casa Sabrina Seabra, moradora da cidade de Congonhas, usou as redes sociais na última quarta-feira (20) para contar uma situação ocorrida com o filho, de cinco anos, na escola em que a criança estuda.

Segundo a dona de casa, o filho teve problemas na Escola Engenheiro Oscar Weinschenck, local onde faz a 1ª série, por causa do seu cabelo:  “Ele é um menino doce, educado e que adora jogar futebol na escola. Só que nesta segunda-feira, 18 de março, ele foi impedido de brincar com os colegas por uma professora, responsável por olhar as crianças durante o recreio. Ela simplesmente virou pra meu filho e disse (você está com esse cabelo preso de menina? Menina não joga bola) e não o deixou jogar”, contou.

Sabrina ainda questionou: “Preconceito, bulling vindo de uma professora, uma profissional que está lá pra ensinar? Que profissional é essa? Que educadora é essa? Que ser humano é esse? O tamanho do cabelo do meu filho não faz dele melhor ou pior que outra criança. Porque meninos tem que ter cabelo curto e meninas comprido? Manoel vai continuar usando o cabelo dele comprido, com tiara, com tranças, curto, raspado, amarrado, colorido do jeito que ele quiser. Não é qualquer pessoa que vai tirar o sorriso do meu filho”.

Em entrevista ao Portal Mais Minas, a dona de casa relatou que foi até a Escola denunciar o caso. “Expliquei tudo para a diretora e ela chamou a professora, que ficou frente a frente com meu filho. Mas, a docente negou o fato, disse que era mentira e deixou meu filho constrangido, o desqualificou. A professora ainda disse que nem de cabelo preso ele estava, mas fui eu quem arrumou meu filho, eu sabia que ele tinha ido de cabelo preso”, disse.
Sabrina contou que o filho está indo normalmente para a escola, mas não quer mais prender o cabelo. “Abri a internet, expliquei para ele que vários homens usam cabelo grande, inclusive jogadores. Mas, até o momento, ele se recusa. Ele vai ter acompanhamento de um psicólogo’, disse.

“Eu fui na Secretaria de Educação, que ficou de tomar providências. Fui também na Comissão de Educação da Câmara Municipal, que ia mandar um ofício para a escola. Vou esperar na próxima semana para ver o que irá ser feito. Se não acontecer nada, farei a denúncia no Ministério Público”, finalizou Sabrina.

A redação do Mais Minas tentou contato insistentemente com a Escola, mas até a publicação dessa reportagem, ninguém se manifestou.

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