Tão popular quanto o cafezinho e o pão francês, só a manteiga, que é uma iguaria que pode ser utilizada em diversas preparações. A manteiga provavelmente surgiu na pré-história, quando iniciou-se a criação de vacas, ovelhas e cabras a fim de consumir a carne e o leite desses animais.
Ainda que não se tenha sido comprovado, estima-se que a criação da manteiga aconteceu por acidente, quando um criador de animais esqueceu um balde de leite por um tempo suficiente para que uma nata fosse formada. Por algum motivo desconhecido, essa nata foi batida e assim obteve-se uma pasta de textura cremosa a qual conhecemos como manteiga. Outra hipótese é a de que um nômade, após encher com leite uma sacola feita de pele de carneiro e amarrá-la nas costas de seu cavalo, percebeu que o líquido se transformou em um creme após o período em que ele cavalgou por longas distâncias.
A manteiga é utilizada mundialmente e já recebeu diferentes significados de acordo com cada cultura. Por exemplo, na China, os ensinamentos de Buda eram comparados a cinco sabores provenientes do leite, sendo que a manteiga comum e a manteiga clarificada (ghee) representavam os últimos estágios do espírito de Buda. Na Índia, atribui-se à manteiga clarificada um símbolo de pureza e uma oferenda aos deuses. Já na Noruega durante os tempos de escassez e dificuldades econômicas da Segunda Guerra Mundial, a manteiga se tornou uma moeda corrente.
A manteiga, que é um alimento utilizado desde a antiguidade, é constantemente enaltecida em decorrência dos supostos benefícios de saúde provenientes da presença de vitaminas, e outras vezes depreciada por consequência do alto teor de gorduras que podem causar muitos problemas indesejáveis. No entanto, não é necessário que haja a sua rotulagem como um alimento bom ou mau, a manteiga pode sim ser consumida, desde que em quantidades moderadas. Desse modo, evita-se a exclusão do consumo desse clássico no pão nosso de cada dia.